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Negócios com Irão. França critica Trump por sanções empresariais

por RTP
Macron e Trump encontraram-se há pouco tempo na Casa Branca Reuters

As empresas francesas encontram-se alvoroço pelas sanções que a Administração de Donald Trump quer impor a corporações que façam negócios com Irão. E esperam que a União Europeia tome medidas para que o acordo nuclear continue em vigor. As críticas a Washington acontecem depois de Donald Trump retirar os Estados Unidos do pacto nuclear com o Irão.

Jean-Yves Drian, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, declarou que as empresas europeias não devem ter de sofrer por uma decisão dos Estados Unidos. Na perspetiva de Washington, as empresas europeias têm seis meses para terminar negócios com o Irão ou terão de sofrer sanções.Para o ministro francês, a atuação dos Estados Unidos só vai prejudicar o próprio país e fazer com que os europeus retaliem e protejam as próprias empresas.

“Pensamos que a extraterritorialidade destas medidas é inaceitável. Os europeus não deviam pagar pela retirada dos Estados Unidos de um acordo para o qual eles próprios contribuíram”, declarou Jean-Yves Drian, em entrevista ao jornal francês Le Parisien.

Drian reiterou que o compromisso que os restantes países têm com o pacto nuclear deve ser respeitado e que a decisão norte-americana já estava a ter consequências, especialmente nos custos do petróleo e com o crescimento de instabilidade política no Médio Oriente.

O último exemplo é a escalada de tensão entre Irão e Israel na Síria. O Governo liderado por Benjamin Netanyahu acusou as forças iranianas de lançarem 20 rockets às posições israelitas no país de Bashar Al-Assad, enquanto os israelitas atingiram 70 posições militares do Irão.

Em termos económicos, muitas empresas francesas têm sofrido com a medida dos Estados Unidos. Depois da assinatura do Acordo Nuclear, juntamente com o Irão, foram vários os negócios multimilionários assinados. Airbus, Total, Renault e Peugeot têm de terminar os vínculos negociais até novembro ou irão sofrer sanções dos Estados Unidos.
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