O presidente do município da Figueira da Foz anunciou hoje que está fechado o acordo para a aquisição de 76 hectares no Cabo Mondego, por 2,1 milhões de euros, que inclui antigas instalações fabris, uma pedreira e terrenos.
O acordo inclui também a área da estrada do "Enforca Cães", recentemente requalificada e asfaltada.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Santana Lopes disse que há um acordo com o maior partido da oposição (PS) para a concretização do negócio, que deverá ser formalizado em sessão de Câmara e depois ratificado em Assembleia Municipal.
"O Partido Socialista declarou que dava apoio e aprovava favoravelmente o financiamento [empréstimo], caso fosse necessário. E, portanto, esse acordo está feito e já informei também outras forças políticas", disse o presidente da autarquia figueirense.
Segundo o autarca, na área que o município vai adquirir à empresa que sucedeu à Cimpor (Inter-Cement Portugal) existem vários edifícios com capacidade construtiva, em conformidade com o Plano Diretor Municipal e a área de proteção do farol.
"Vários regimes jurídicos ali confluem, mas que não impedem o desenvolvimento de alguns projetos respeitadores do local e das suas extraordinárias características", salientou Santana Lopes, referindo que a zona tem área de construção permitida para unidades de desenvolvimento compatíveis com o sítio.
Para o presidente da Câmara, o local poderá comportar espaços de ensino, investigação, eventualmente turismo.
"Mas vamos ver, agora é tempo de desenhar e criar e de abrir um tempo novo".
De acordo com o autarca, o Cabo Mondego poderá também acolher espaços da Universidade de Coimbra, no âmbito da parceria estabelecida com o município para a instalação de um polo de ensino superior na cidade da Figueira da Foz, mas isso depende "do trabalho conjunto" que está a ser efetuado.
Santana Lopes espera poder candidatar a fundos comunitários os investimentos que forem projetados para o Cabo Mondego, tendo já dado conta dessa intenção à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) numa reunião realizada na quinta-feira.