A Mota-Engil fechou um contrato de 425 milhões de dólares (cerca de 352 milhões de euros) para o redimensionamento do aeroporto de Bugesera, no Ruanda, e que vendeu a sua participação de 75% na concessionária do aeroporto.
Em comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil "informa sobre a assinatura de contrato de compra e venda da sua participação de 75% na Bugesera Airport Company (BAC), com a Aviation Travel & Logistics Holding Ltd., uma empresa detida pelo Governo do Ruanda", sem revelar o valor da mesma.
Questionada pela Lusa, a Mota-Engil recusou divulgar o valor do negócio da alienação da sua participação.
De acordo com a construtora, "após um longo processo de estudos técnicos conducentes ao redimensionamento do novo aeroporto para cumprir com as necessidades do projeto, a Mota-Engil assinou com a BAC um contrato EPC revisto para os trabalhos iniciais do novo aeroporto, no montante de 425 milhões de dólares (cerca de 352 milhões de euros)".
Com este contrato revisto, refere na nota ao mercado, a Mota-Engil associa-se assim à BAC "para tornar este projeto uma realidade, começando o Ruanda a tornar-se um `hub` de transporte aéreo em África".
A Mota-Engil assinou, em 2016, um acordo para o financiamento, construção, operação e manutenção do novo Aeroporto Internacional Bugusera, em Kigali, por um período de 25 anos, extensível por mais 15 anos, prevendo um investimento inicial de 418 milhões de dólares na construção.
O acordo estava contudo dependente da obtenção de condições de financiamento.
A construção do Aeroporto Internacional Bugusera, na capital ruandesa, um dos projetos emblemáticos do Presidente Paul Kagame, começou em agosto de 2017 e deveria estar concluída em 2020, segundo foi então a anunciado.