Medina anuncia mecanismo para estabilizar valor das prestações da casa durante dois anos
Foto: José Sena Goulão - Lusa
O ministro das Finanças prepara dois novos mecanismos para os portugueses fazerem face à subida das taxas de juro e consequente aumento das prestações dos empréstimos para habitação. Os dois diplomas serão apresentados "ainda durante o mês de setembro".
Já o segundo alargará o atual diploma do "apoio à bonificação dos juros para as famílias que estão sob maior pressão no seu individamento - que tenham 35-50% de taxa de esforço e as que tenham taxa de esforço acima dos 50%".
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião da Concertação Social onde os parceiros discutiram o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), no Conselho Económico e Social (CES), em Lisboa, o ministro das Finanças afastou a possibilidade de uma redução da Taxa Social Única (TSU), proposta pelas confederações patronais, por considerar que a medida colide com o objetivo de sustentabilidade da Segurança Social.
"Gostaria de relembrar a posição histórica do Governo de não proceder a decisões que pudessem fragilizar a base contributiva da Segurança Social. O Governo tem essa posição e mantém essa posição", afirmou Fernando Medina.
"Discutiremos todas (as propostas), mas a nossa posição de partida - contrariamente ao que referi em relação ao IRS, que a nossa posição de partida assenta num processo de desagravamento -, relativamente à TSU a nossa posição é que não é um caminho que mereça o nosso sentido favorável no sentido em que colide com o objetivo de sustentabilidade da Segurança Social".
O Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) propôs ao Governo uma redução em um ponto percentual da TSU na parte da entidade empregadora, atualmente de 23,75 por cento. Atualmente, a taxa contributiva global para a Segurança Social é de 34,75 por cento, cabendo ainda 11 por cento ao trabalhador.