Mangualde liquida plano de saneamento financeiro 11 anos antes do previsto

por Lusa

A Câmara de Mangualde realizou uma operação bancária no valor aproximado de um milhão de euros, com capitais próprios, que permitiu liquidar na íntegra o plano de saneamento financeiro, disse hoje o seu presidente, João Azevedo.

"É com muito orgulho que anuncio que conseguimos antecipar o pagamento do plano de saneamento financeiro em cerca de 11 anos e recolocámos as contas do Município de Mangualde em situação de grande estabilidade", apontou.

De acordo com João Azevedo, a liquidação do plano de saneamento financeiro, que deveria ser executado até 2027, foi possível sem terem sobrecarregado os munícipes com aumento de impostos e taxas.

"Conseguimos salvar esta situação dramática em que tínhamos o concelho. Já no ano passado também tínhamos antecipado o pagamento de 700 mil euros, mas este ano encerrámos o plano de saneamento financeiro a que estávamos sujeitos e que nos trazia grandes limitações", acrescentou.

O autarca informou ainda que, durante esta semana, o Município de Mangualde vai efetuar uma operação de substituição de dívida, no valor aproximado de três milhões de euros, que visa o pagamento de duas `tranches` de financiamento da administração central, ao abrigo do Plano de Apoio à Economia Local.

"Todas estas apostas visam a redução da dívida e melhorar a saúde financeira do município. Estamos a levar a cabo todas estas operações com rigor e competência, para podermos normalizar a situação da câmara, passados tantos anos", sustentou.

No seu entender, este é mesmo o maior investimento que o Município de Mangualde poderia ter feito para a vida das pessoas do concelho.

"Podemos fazer muitas obras e fizemos, mas este é o maior investimento que podemos fazer para a vida das pessoas, que é normalizar a situação financeira do município. Estávamos inibidos de fazer investimentos e de ter uma câmara normal, tendo até, no passado, ficado inibidos da transferência de verbas por mau comportamento do exercício financeiro", destacou.

Esta recuperação foi possível "com muito trabalho e disciplina", depois de em 2009 ter encontrado "uma autarquia em falência", com "desequilíbrios financeiros gravíssimos".

"O ano de 2017 vai ser uma nova era. A partir de agora vamos olhar para as prioridades, tal como o vínhamos fazendo, mas com muitas dificuldades, e vamos apontar para as obras cofinanciadas pelo quadro comunitário de apoio, as obras cofinanciadas pelo Governo e outros investimentos nas necessidades básicas das populações, melhoria das acessibilidades e um novo espaço industrial para atrair investimento", concluiu.

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