O grupo alimentar francês Danone anunciou hoje uma queda de 31% nos lucros na primeira metade de 2022, face à venda da subsidiária chinesa Mengniu, mas reviu em alta as previsões para o resto do ano.
Num comunicado, a Danone revelou que os lucros nos primeiros seis meses do ano foram de 737 milhões de euros, em comparação com 1,07 mil milhões registados em igual período de 2021, altura em que ainda detinha parte da Mengniu.
Em maio de 2021, a Danone anunciou a venda de uma participação de 9,8% na Mengniu, uma das maiores empresas de laticínios da China, por 15,4 mil milhões de dólares de Hong Kong (1,95 mil milhões de euros).
Apesar desta transação, o volume de negócios da Danone cresceu 12,6% no primeiro semestre de 2022, para 13.325 milhões de euros, em grande parte devido a um aumento de 6,1% nos preços de venda.
A subida dos preços afetou, no entanto, os custos, pelo que a margem operacional da empresa francesa caiu um ponto percentual em relação ao primeiro semestre, situando-se em 12,1%.
Ainda assim, o presidente executivo da Danone, Antoine de Saint-Affrique, mostrou otimismo, destacando a boa dinâmica de vendas registada em todas as subsidiárias e territórios.
"A qualidade do nosso primeiro semestre é animadora e permite-nos prever um crescimento do volume de negócios, em números comparáveis, entre 5 e 6% em 2022", disse o executivo.
Até agora, as projeções da Danone colocavam a subida nas vendas para este ano entre 3 e 5%.
Antoine de Saint-Affrique assumiu o cargo em setembro, após a saída do anterior líder, Emmanuel Faber, devido à pressão de alguns fundos de investimento com participação no capital da empresa.
A Danone, que opera também em Portugal, tem a sua atividade na área dos laticínios e produtos à base de plantas, bem como ao nível dos alimentos para bebés e água mineral.