Lucro da Infraestruturas de Portugal aumenta 20 vezes para 70,7 ME no 1.º semestre

por Lusa

O grupo Infraestruturas de Portugal (IP) registou, no primeiro semestre deste ano, lucros de 70,7 milhões de euros, multiplicando por 20 o resultado do período homólogo, de 3,5 milhões de euros, adiantou hoje, em comunicado.

A IP indicou, numa nota divulgada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que "os rendimentos operacionais atingiram 706,5 milhões de euros, ou seja, 62 milhões de euros acima do montante verificado no primeiro semestre de 2023", um crescimento de 10%.

Esta subida foi principalmente impulsionada pelo "aumento de rendimentos com impacto direto em resultados", como a Contribuição de Serviço Rodoviário (mais 26 milhões de euros), as indemnizações compensatórias (mais 17 milhões de euros) e a tarifa ferroviária (mais 10 milhões de euros).

Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu 277,5 milhões de euros, uma subida de 20,6%.

Por sua vez, os gastos operacionais fixaram-se em 547,5 milhões de euros, "representando uma redução de 2,5 milhões de euros, quando comparado com o primeiro semestre de 2023, sendo de destacar o incremento do nível de intervenções na infraestrutura rodoferroviária sob gestão da IP" com um aumento de gastos com mercadorias vendidas e das matérias consumidas (10,6 milhões de euros) e conservação rodoferroviária (4,2 milhões de euros)".

A isto "acresce o aumento dos gastos com pessoal (3,7 milhões de euros), aumentos esses que foram mais do que compensados por uma redução dos gastos com amortizações (17 milhões de euros) e provisões (6 milhões de euros)", adiantou a empresa.

Por outro lado, disse a IP, no primeiro semestre de 2024 registou-se "um crescimento de 14% do investimento realizado, em particular incidindo sobre as redes ferroviária e rodoviária, o qual ascendeu aos 258,8 milhões de euros", destacando a "execução global dos investimentos incluídos no Programa Ferrovia 2020 (188 milhões de euros, mais 13% do que no período homólogo de 2023), e os investimentos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que registaram um crescimento de 79% face ao período homólogo de 2023, atingindo os 36,2 milhões de euros".

No final do primeiro semestre de 2024, a dívida financeira da IP em termos nominais totalizava 3.806 milhões de euros, um decréscimo de 50,9 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023.

"Esta redução resultou, exclusivamente, das amortizações de capital previstas nos planos de reembolso dos empréstimos contraídos junto do BEI", destacou.

A IP deu ainda conta da" manutenção da política de financiamento prosseguida pelo acionista assente na capitalização da IP", através de "operações de aumento de capital as quais, no primeiro semestre de 2024, ascenderam a 815,8 milhões de euros, dos quais 553 milhões de euros destinados ao pagamento de encargos com PPP [parcerias público-privadas], 204 milhões de euros para financiamento de investimentos ferroviários e 59 milhões de euros para o pagamento do serviço da dívida".

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