Licínio Pina deixa liderança do Crédito Agrícola e Sérgio Frade é proposto para presidente
O atual presidente executivo do Crédito Agrícola, Licínio Pina, não se vai candidatar a novo mandato à frente do grupo, devendo ser substituído por Sérgio Frade, segundo a lista única candidata aos órgãos sociais.
A lista única candidata aos órgãos sociais da Caixa Central do Crédito Agrícola para o triénio 2025-2027, disponível na sede do grupo em Lisboa e consultada pela Lusa, propõe Sérgio Frade para presidente executivo do Conselho de Administração.
Sérgio Frade é administrador do Crédito Agrícola desde 2013, tendo desde então feito parte das administrações lideradas por Licínio Pina.
Ainda para administradores executivos são propostos Ana Paula Freitas, Ana Rodrigues, Filomena Oliveira, José Laranjeira, José Henriques e Rudolfo Pinto.
Face à equipa atualmente em funções, apenas Sérgio Frade e Ana Paula Freitas se mantêm, sendo os restantes novas entradas na administração do grupo.
Já Licínio Pina, que é desde 2013 presidente executivo da Caixa Central do Crédito Agrícola, é proposto para presidente do conselho superior (órgão consultivo do grupo).
A assembleia geral do Crédito Agrícola, que elegerá os novos órgãos sociais, decorre em 31 de maio.
Se a lista for eleita, depois caberá ao Banco de Portugal fazer a avaliação dos administradores.
Só após a `luz verde` do regulador e supervisor bancário poderá a nova equipa de gestão entrar em funções, o que pode atrasar o processo para o verão.
A notícia da saída de Licínio Pina de presidente executivo do Crédito Agrícola foi avançada na quinta-feira pelo jornal Expresso.
Esta semana, durante o Fórum Banca, Licínio Pina disse que o Crédito Agrícola continua empenhado nas fusões de caixas agrícolas, sendo o objetivo passar das atuais 67 para menos de 60 (um objetivo que o grupo já tem desde há alguns anos).
O gestor acrescentou que este tem sido um processo complexo até porque as fusões são feitas muitas vezes entre caixas agrícolas próximas, que competem em territórios próximos e com negócios que se entrecruzam.
A Lusa questionou o Crédito Agrícola sobre a fusão de caixas agrícolas e o impacto que terá em encerramentos de agências mas o grupo não deu mais informações.
No final de 2024, o grupo Crédito Agrícola tinha 4.324 trabalhadores, mais 188 do que em 2023. A rede tinha 617 agências, menos uma do que em 2023.
No ano passado, teve lucros de 438,2 milhões de euros (mais 47,4% face a 2023).
O grupo Crédito Agrícola é composto pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (atualmente são 67) e pela Caixa Central. Além de atividade bancária, também atua nas áreas seguradora, de gestão de ativos e capital de risco.