JMJ. Estado gastou 18,2 milhões de euros com a organização do evento
O Estado gastou 18,2 dos 20 milhões de euros previstos para a organização da Jornada Mundial da Juventude, revelou hoje a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, ressalvando que não estão incluídas as despesas indiretas dos ministérios.
Na Comissão Parlamentar da Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, onde foi ouvida a pedido do Chega sobre os ajustes diretos feitos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizou em Lisboa entre 1 e 6 de agosto, a ministra destacou o facto de não terem sido gastos na totalidade os cerca de 20 milhões de euros aprovados pelo Governo em 2022.
Segundo Ana Catarina Mendes, ao abrigo da resolução do Conselho de Ministros que estipulou um gasto de até 20 milhões de euros foram feitos "cinco concursos públicos, que correspondem a 94% do montante dos gastos que foram feitos pela estrutura de missão", e foram contratos que tiveram o visto prévio do Tribunal de Contas.
"Houve 26 ajustes diretos no valor de 238 mil euros, 1% dos montantes em análise, e 22 ajustes diretos com recurso à regra de exceção constante do Orçamento do Estado com o montante de 1,9 milhões euros, ou seja, 11% do montante em análise", disse.
A ministra entregou aos deputados um relatório no qual estão "todos os concursos e contratos celebrados no âmbito das competências da resolução do Conselho de Ministros" sobre a JMJ com o objetivo de "total transparência e conhecimentos daquilo que são os gastos do Estado neste evento".
Ana Catarina Mendes explicou que nestes gastos de 18,2 milhões de euros não estão incluídas as despesas que alguns ministérios, como o da Justiça, Administração Interna, Infraestruturas, Saúde, Ambiente e Economia, tiveram com a JMJ.
"Isso são gastos indiretos que fazem parte do Orçamento do Estado de cada um dos ministérios", disse.
A JMJ é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa e este ano realizou-se em Lisboa na primeira semana de agosto, com a presença de cerca de 1,5 milhões de pessoas.