Depois do chumbo da nova tabela de taxas dos escalões do IRS propostas pelo PSD e CDS-PP, a proposta dos socialistas foi aprovada na comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Foi aprovada a proposta do PS para reduzir as taxas de IRS com os votos contra do PSD e CDS e abstenção do Chega.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje a proposta do PS sobre redução das taxas do IRS até ao 6.º escalão, mas mantendo as taxas dos escalões seguintes, o que a diferenciava da proposta do Governo.
A proposta do PSD e CDS previa a descida das taxas de IRS até ao oitavo escalão.
A proposta do Governo teve os votos contra de PS, PCP, BE e Livre e a abstenção do Chega
Pedro Nuno Santos defende que a proposta do PS para o IRS foi aprovada por ser socialmente mais justa que a do Governo, já que diz que seriam os mais ricos a beneficiarem da redução. Acusa o executivo de Luís Montenegro de fugir ao diálogo.
O secretário-geral do PS rejeita que haja alguma aliança entre os socialistas e o Chega e diz que a aprovação foi permitida, sim, pelos partidos de esquerda.
Os deputados dos partidos que dão apoio falaram de "conluio" entre o PS e o Chega e uma coligação negativa.
O deputado Rui Afonso, do Chega, justificou a posição do seu partido, salientando que a proposta do PS é mais vantajosa e abrange um maior número de contribuintes.
O deputado Rui Afonso, do Chega, justificou a posição do seu partido, salientando que a proposta do PS é mais vantajosa e abrange um maior número de contribuintes.
A taxa marginal atualmente em vigor sobre os sexto, sétimo e oitavo escalões do IRS é de, respetivamente, 37, 43,5 e 45 por cento.