INE confirma estimativa. Inflação abranda para 2,8% em junho

por RTP
Dado Ruvic - Reuters

A inflação homóloga em Portugal desacelerou, em junho, para os 2,8 por cento, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística. Este comportamento decorre essencialmente do abrandamento dos preços dos alimentos. Por outro lado, os preços da energia voltaram a subir, acercando-se dos dez por cento.

De acordo com o relatório do INE, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor foi de 2,8 por cento em junho, "taxa inferior em 0,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior".

Já o indicador de inflação subjacente registou uma variação de 2,4 por cento (menos do que os 2,7 por cento em maio), a variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 9,4 por cento (7,8 por cento no mês precedente) e o "índice referente aos produtos alimentares não transformados diminuiu para 1,8 por cento" (comparativamente ao 2,5 por cento no mês anterior).

"A variação mensal do IPC foi nula (0,2 por cento no mês precedente e 0,3 por cento em junho de 2023). A variação média dos últimos doze meses foi 2,5 por cento (2,6 por cento em maio)", lê-se ainda no documento divulgado esta quarta-feira.

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou-se uma descida de 0,7 pontos percentuais para os 3,1 por cento, face ao mês anterior e "superior em 0,6 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em maio, a taxa em Portugal tinha sido superior à da área do Euro em 1,2 p.p.)".

Esta desaceleração, segundo o INE, "deve-se em grande medida à redução dos preços dos hotéis, cuja aceleração registada em maio se deveu essencialmente a um evento cultural de dimensão relevante ocorrido em Lisboa".

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, acrescenta o INE, "o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,7 por cento em junho (3,6 por cento em maio), inferior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 2,8 por cento).

O IHPC registou uma descda mensal 0,3 por cento (1,0 por cento no mês anterior e 0,4 por cento em junho de 2023) e "uma variação média dos últimos doze meses de 3,2 por cento (3,3 por cento no mês precedente)".
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