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Horários da nova rede de autocarros UNIR serão disponibilizados hoje

por Lusa

O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues, garantiu que os horários da nova rede de autocarros UNIR, que arranca em 01 de dezembro, serão disponibilizados ainda hoje, mantendo-se os que já existiam.

"Os horários serão conhecidos hoje mesmo. Dos horários, aquilo que eu posso dizer, tranquilizando as pessoas, é que todos aqueles que existiam mantêm-se, e são acrescentados uns tantos", garantindo que não haverá "nenhuma desregulação" dos horários, disse hoje Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas.

O presidente da AMP falava na sede da instituição no final da reunião de hoje do Conselho Metropolitano, reconhecendo que existe, por agora, "uma grande inquietação, sobretudo de alguns públicos que têm mais dificuldade em olhar para o `site` e manipular o `site` [da UNIR] na busca de informação".

Para já, os horários serão apenas disponibilizados no `site` da UNIR, mas depois a informação será distribuída nas paragens, já "a partir da próxima semana", tal como os postaletes com a identificação das linhas.

"Estamos a falar de milhares de postaletes, com os respetivos tubos de instalação, que de repente tiveram que ser encomendados pelos 17 municípios", que "não estarão todos prontos no dia 01 [de dezembro], mas estarão a esmagadora maioria", disse Eduardo Vítor Rodrigues.

Questionado sobre os motivos para a demora na divulgação dos horários, o presidente da AMP justificou-a com a "ausência dos autocarros para o cumprimento de tudo o que está estipulado".

"É bom que nós percebamos que para ter, neste momento, os horários todos disponíveis, nós precisamos, à data de hoje, de ter cerca de 160 motoristas que vieram do estrangeiro, e que estão neste momento em fase de formação, e quase 200 novos autocarros que foram adquiridos pelas várias empresas", salientou Eduardo Vítor Rodrigues.

Eduardo Vítor Rodrigues disse que muitos dos novos operadores de linhas "ainda estão a receber autocarros que ainda vão ser pintados ou caracterizados com o `logo` da UNIR".

Quanto aos motoristas, lembrou que a AMP já foi "acusada de atirar dezenas de motoristas para o desemprego", quando hoje constata que "os motoristas que existiam não são são suficientes para a operação", e "uma grande percentagem deles ficaram nas empresas de origem" sem transitar para os novos operadores.

"Provavelmente [os novos motoristas] vão ter um problema ou outro num trajeto menos conhecido, para o qual tenho de pedir a compreensão de todos", solicitou o presidente da AMP.

Eduardo Vítor Rodrigues adiantou ainda que os novos operadores da AMP pararão nos terminais do Porto, depois de críticas por parte da autarquia portuense ao arranque da UNIR.

"Nós vamos garantir que os operadores vão ao terminal, mesmo pagando a taxa de toque (tomada e largada de passageiros), porque sabem que vão, depois, ser ressarcidos", assegurou.

O também presidente da Câmara de Gaia apontou a uma possível "solução híbrida" para o pagamento das taxas de toque no Porto, "onde se percebe que o custo que os operadores vão ter vai ser imputado, depois, à própria rede".

"Podemos depois discutir se os minutos que estão definidos poderão ser diferentes daquilo que está no regulamento, mas a Câmara do Porto tem toda a legitimidade" em exigir o pagamento da taxa, defendeu o presidente da AMP.

A nova rede UNIR e respetiva imagem irá substituir, em 01 de dezembro, os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como por exemplo a Caima, AV Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros.

Toda a rede utilizará o sistema de bilhética Andante e acaba com um modelo de concessão linha a linha herdado de 1948, já que o concurso público foi dividido em cinco lotes, ainda que todos operem sob a mesma marca UNIR.

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