A Guiné-Bissau já autorizou que empresas estrangeiras de vários países iniciem a prospeção de hidrocarbonetos em 11 blocos no `offshore` onde se espera existir petróleo, disse à Lusa o diretor-geral interino da Petroguin, Danilson Ié.
Atualmente encontram-se livres no `offshore` (alto mar) três blocos, zonas onde se acredita existir petróleo, embora "a cada dia" a Petroguin, a estatal do petróleo guineense, receba manifestação de interesse em relação às licenças de prospeção, precisou Danilson Ié.
Na zona continental, no chamado `onshore`, dos cinco blocos existentes, dois estão em fase de licenciamento a favor da empresa Ada Business GE Lta, com sede na Guiné Equatorial.
Em comunicado de imprensa a que a Lusa teve acesso, a Petroguin anuncia que celebrou, no passado dia 25 de setembro, um contrato de associação e participação com a Ada Busness GE Lta. para "pesquisa, e exploração de recursos petrolíferos nos blocos 4 e 5 da parte continental" da Guiné-Bissau.
A Ada Business GE Lta. aguarda apenas as formalidades finais do Governo guineense para receber as duas licenças de prospeção, mas a Petroguin considera estarem cumpridas "todas as formalidades institucionais" através de negociações iniciadas em dezembro de 2019 e concluídas em abril deste ano.
O diretor-geral interino da Petroguin acredita que "logo que a covid-19 abrande" a empresa sediada na Guiné Equatorial irá arrancar com os trabalhos de prospeção nos dois blocos no `onshore`.
"E não é só isso, em 2021 acreditamos que várias empresas vão iniciar a perfuração nos blocos já atribuídos tanto no `onshore` como no `offshore`", declarou Danilson Ié.
A Petroguin acredita que "existem boas possibilidades" de a Guiné-Bissau ter petróleo, tanto no `onshore` como no `offshore`, embora estudos desenvolvidos por empresas estrangeiras há mais de 20 anos não revelarem a existência daquele recurso com valor comercial.