Guerra comercial. Trump acorda com México suspensão de tarifas por um mês
A aplicação de tarifas comerciais de 25 por cento decididas pelo presidente norte-americano foi adiada por um mês. O anúncio derste armistício comercial foi feito pela presidente mexicana e confirmado por Donald Trump na rede Truth Social. Claudia Sheinbaum comprometeu-se a enviar 10 mil militares para a fronteira para controlar a imigração e combater o tráfico de droga. Em troca Trump adia a entrada em vigor das tarifas.
É o último desenvolvimento da guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano com os vizinhos do sul, o México, e do norte, o Canadá, e o seu grande adversário no comércio global, a China.
Para já, ficam adiadas por um mês as tarifas que Tump se propõe lançar aos produtos importados do México, com os especialistas a advertirem para os perigos de uma escorregadela na inflação e a paragem no crescimento económico.
A imposição de tarifas tão anunciada por Trump está a causar preocupação a nível global e os parceiros visados pelo presidente americano já fizeram saber que estão preparados para retaliar na mesma moeda. Também Europa está na mira do novo inquilino da Casa Branca, que diz que tarifas dirigidas aos produtos da União Europeia estão também na calha.
"Eles não compram os nossos carros, não compram os nossos produtos agrícolas. Eles não compram nada nosso e nós compramos tudo deles”, queixava-se Trump este domingo.
Os EUA são o maior parceiro da UE. De acordo com dados do Eurostat (2023), os Estados Unidos têm um défice de 155,8 mil milhões de euros (161,6 mil milhões de dólares) em relação à UE no comércio de bens, compensado por um excedente de 104 mil milhões de euros em serviços.Depois de Paris e Berlim se alinharem numa posição de preparação para retaliar na mesma moeda, com Emmanuel Macron e Olaf Scholz a prometerem medidas semelhantes às anunciadas por Trump, a chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, veio lembrar que não há vencedores numa guerra comercial.
Por outro lado, disse Kallas, se foi aberta uma guerra entre a Europa e os Estados Unidos, “então quem se está a rir é a China”.
O presidente russo, Vladimir Putin, já veio dizer que a Europa fará tudo o que Trump quiser que a Europa faça, dizendo mesmo que os líderes do Velho Continente o farão “abanando suavemente a cauda”.
Inevitavelmente, as bolsas internacionais reagiram a esta introdução de novas tarifas no comércio global. A bolsa de Wall Street, por exemplo, abriu em forte queda com o Dow Jones a perder 1,25% e o Nasdaq, das tecnológicas, a cair 2,14%.
As bolsas europeias também tiveram uma reação negativa, com os principais mercados a abrir a sessão no vermelho: Londres, Paris, Frankfurt Madrid e Milão desvalorizaram entre 1,1 e 1,6%. Lisboa caía 1,5%.
Aparentemente indiferente às ondas de choque que a sua decisão provocou, Trump prometeu manter as sanções em vigor até que se coloque um ponto final ao que considera a emergência nacional com a entrada nos Estados Unidos do fentanil, um opioide potencialmente mortal, e igualmente um fim à migração massiva de ilegais para o país. O Canadá disse que contestará as tarifas de Trump nos organismos internacionais e acena desde o fim de semana com represálias na mesma medida. Já a China, responde que o fentanil é um problema dos norte-americanos e parece fazer eco da receita canadiana: recurso à regulação da Organização Mundial do Comércio (OMC) e contramedidas para os produtos americanos.
Pequim deixa contudo uma porta aberta à negociação.
Resolvida de momento parece a contenda com o México, após uma reunião entre os presidentes dos dois países, Donald Trump e Xlaudia Sheinbaum.
Trump vai suspender novas tarifas sobre os produtos mexicanos por um mês, depois de o México ter acedido em reforçar a fronteira a norte, entre os dois países, com 10 mil membros da Guarda Nacional para controlar o fluxo de drogas, particularmente o fentanil. O anúncio foi feito ao início desta tarde pelo próprio Donald Trump na sua rede social, a Truth Social.
Segundo a presidente mexicana, depois de uma conversa telefónica entre os dois, a contrapartida decidida para os Estados Unidos é o maior controlo no tráfico de armas de grandes calibres para o México.
Esta conversa ocorreu esta segunda-feira, poucas horas antes de as tarifas dos norte-americanas sobre México, Canadá e China entrarem em vigor. Esta espécie de armistício vai permitir uma procura de soluções dos dois lados da fronteira, em particular na parte mexicana, sendo a situação novamente avaliada dentro de um mês.
Na conferência de imprensa em que fazia o anúncio do acordo, depois confirmado por Trump, Sheinbaum brincava dizendo que propôs uma validade de “para sempre” para este arranjo. Este mês de adiamento das tarifas permitirá ainda aos Estados Unidos e ao México que se envolvam em novas negociações para dirimir o diferendo criado por Donald Trump, uma agenda avançada pelo próprio presidente americano.
Trata-se de uma represália às tarifas impostas por Trump contra o Canadá, já que Musk desempenha um papel central na nova Administração norte-americana.
“Ontário não fará negócios com pessoas empenhadas em destruir a nossa economia”, declarou Doug Ford, chefe de Governo da província canadiana, aludindo ao cargo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla inglesa) da Administração Trump.
Ontário não se fica por aqui: as empresas norte-americanas ficam agora proibidas de participar em contratos públicos naquela província; e a empresa pública LCBO, que controla a compra de bebidas alcoólicas em Ontário e gastava anualmente 680 milhões de dólares em compras aos Estados Unidos, vai retirar estes produtos das suas prateleiras.
Para já, ficam adiadas por um mês as tarifas que Tump se propõe lançar aos produtos importados do México, com os especialistas a advertirem para os perigos de uma escorregadela na inflação e a paragem no crescimento económico.
A imposição de tarifas tão anunciada por Trump está a causar preocupação a nível global e os parceiros visados pelo presidente americano já fizeram saber que estão preparados para retaliar na mesma moeda. Também Europa está na mira do novo inquilino da Casa Branca, que diz que tarifas dirigidas aos produtos da União Europeia estão também na calha.
"Eles não compram os nossos carros, não compram os nossos produtos agrícolas. Eles não compram nada nosso e nós compramos tudo deles”, queixava-se Trump este domingo.
Os EUA são o maior parceiro da UE. De acordo com dados do Eurostat (2023), os Estados Unidos têm um défice de 155,8 mil milhões de euros (161,6 mil milhões de dólares) em relação à UE no comércio de bens, compensado por um excedente de 104 mil milhões de euros em serviços.Depois de Paris e Berlim se alinharem numa posição de preparação para retaliar na mesma moeda, com Emmanuel Macron e Olaf Scholz a prometerem medidas semelhantes às anunciadas por Trump, a chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, veio lembrar que não há vencedores numa guerra comercial.
Por outro lado, disse Kallas, se foi aberta uma guerra entre a Europa e os Estados Unidos, “então quem se está a rir é a China”.
O presidente russo, Vladimir Putin, já veio dizer que a Europa fará tudo o que Trump quiser que a Europa faça, dizendo mesmo que os líderes do Velho Continente o farão “abanando suavemente a cauda”.
Inevitavelmente, as bolsas internacionais reagiram a esta introdução de novas tarifas no comércio global. A bolsa de Wall Street, por exemplo, abriu em forte queda com o Dow Jones a perder 1,25% e o Nasdaq, das tecnológicas, a cair 2,14%.
As bolsas europeias também tiveram uma reação negativa, com os principais mercados a abrir a sessão no vermelho: Londres, Paris, Frankfurt Madrid e Milão desvalorizaram entre 1,1 e 1,6%. Lisboa caía 1,5%.
Aparentemente indiferente às ondas de choque que a sua decisão provocou, Trump prometeu manter as sanções em vigor até que se coloque um ponto final ao que considera a emergência nacional com a entrada nos Estados Unidos do fentanil, um opioide potencialmente mortal, e igualmente um fim à migração massiva de ilegais para o país. O Canadá disse que contestará as tarifas de Trump nos organismos internacionais e acena desde o fim de semana com represálias na mesma medida. Já a China, responde que o fentanil é um problema dos norte-americanos e parece fazer eco da receita canadiana: recurso à regulação da Organização Mundial do Comércio (OMC) e contramedidas para os produtos americanos.
Pequim deixa contudo uma porta aberta à negociação.
Resolvida de momento parece a contenda com o México, após uma reunião entre os presidentes dos dois países, Donald Trump e Xlaudia Sheinbaum.
Um mês de armistício
Trump vai suspender novas tarifas sobre os produtos mexicanos por um mês, depois de o México ter acedido em reforçar a fronteira a norte, entre os dois países, com 10 mil membros da Guarda Nacional para controlar o fluxo de drogas, particularmente o fentanil. O anúncio foi feito ao início desta tarde pelo próprio Donald Trump na sua rede social, a Truth Social.
Segundo a presidente mexicana, depois de uma conversa telefónica entre os dois, a contrapartida decidida para os Estados Unidos é o maior controlo no tráfico de armas de grandes calibres para o México.
Esta conversa ocorreu esta segunda-feira, poucas horas antes de as tarifas dos norte-americanas sobre México, Canadá e China entrarem em vigor. Esta espécie de armistício vai permitir uma procura de soluções dos dois lados da fronteira, em particular na parte mexicana, sendo a situação novamente avaliada dentro de um mês.
Na conferência de imprensa em que fazia o anúncio do acordo, depois confirmado por Trump, Sheinbaum brincava dizendo que propôs uma validade de “para sempre” para este arranjo. Este mês de adiamento das tarifas permitirá ainda aos Estados Unidos e ao México que se envolvam em novas negociações para dirimir o diferendo criado por Donald Trump, uma agenda avançada pelo próprio presidente americano.
Ontário suspende contrato com Elon Musk
A província canadiana acaba de anunciar a suspensão do contrato de 100 milhões de dólares (96,5 milhões de euros) com o Starlink, o serviço de Internet por satélite fornecido pela empresa SpaceX de Elon Musk.
A província canadiana acaba de anunciar a suspensão do contrato de 100 milhões de dólares (96,5 milhões de euros) com o Starlink, o serviço de Internet por satélite fornecido pela empresa SpaceX de Elon Musk.
Trata-se de uma represália às tarifas impostas por Trump contra o Canadá, já que Musk desempenha um papel central na nova Administração norte-americana.
“Ontário não fará negócios com pessoas empenhadas em destruir a nossa economia”, declarou Doug Ford, chefe de Governo da província canadiana, aludindo ao cargo no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla inglesa) da Administração Trump.
Ontário não se fica por aqui: as empresas norte-americanas ficam agora proibidas de participar em contratos públicos naquela província; e a empresa pública LCBO, que controla a compra de bebidas alcoólicas em Ontário e gastava anualmente 680 milhões de dólares em compras aos Estados Unidos, vai retirar estes produtos das suas prateleiras.
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