O grupo norte-americano de correio e entrega de encomendas UPS vai cortar 12.000 empregos, anunciou hoje a sua presidente-executiva, Carol Tomé, numa conferência telefónica de apresentação de resultados.
Este plano vai permitir poupar mil milhões de dólares em 2024 (cerca de 992 milhões de euros), indicou a dirigente.
A empresa, que tem sede em Atlanta, conta atualmente cerca de 500.000 trabalhadores.
Questionada pela AFP, a empresa indicou que os cortes no emprego são a nível mundial.
Carol Tomé explicou que o redimensionamento do pessoal resulta de uma reorganização do grupo e não era consequência de um abrandamento da atividade nos últimos meses. "É uma mudança na nossa forma de trabalhar", explicou.
A UPS iniciou um programa de automatização dos seus centros de tratamento de correspondência e de encomendas e, em Louisville (Kentucky), uma parte das operações são asseguradas por 700 robôs.
A empresa divulgou também que o seu volume de negócios baixou 7,8% no quarto trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, com uma desaceleração da sua atividade.
"O ano de 2023 foi singular e difícil", afirmou a líder da UPS.
As ações da UPS recuavam 8,31% na bolsa de Nova Iorque pouco depois do início da sessão e após terem sido divulgadas estas informações.
Um dos principais concorrentes da UPS, a FedEx, eliminou cerca de 29.000 postos de trabalho durante o exercício que terminou em maio passado.
As empresas de transporte de encomendas enfrentam, desde finais de 2022, uma redução de movimento, após a expansão registada durante a pandemia de covid-19.