A adesão à greve de 24 horas na transportadora lisboeta Carris situava-se, na manhã desta quarta-feira, acima dos 90 por cento. A estimativa é do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, que convocou esta paralisação por aumentos salariais a par da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
A paralisação teve início às 22h00 da última noite e termina à mesma hora desta quarta-feira, prevendo-se a realização de um plenário.Para além de um horário semanal de 35 horas, incluindo já os tempos de deslocação, os trabalhadores reivindicam aumentos do subsídio de refeição e da tabela salarial em 100 euros.
“Avançámos para a greve essencialmente porque não houve respostas positivas durante este processo às revindicações formuladas e que foram enviadas ao conselho de administração e ao executivo da Câmara Municipal de Lisboa. Este último nem sequer se dignou a encontrar espaço na agenda do senhor presidente para receber a Fectrans e o STRUP", enfatizou o sindicalista.
“A greve resulta desta falta de respostas. Por isso estamos com uma adesão fortíssima a esta paralisação decidida no último plenário realizado pelos trabalhadores”, insistiu. A ação de protesto não conta com a participação de outras estruturas representativas de profissionais da Carris, nomeadamente o Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores, o Sitra - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes e o Sitese - Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços.
Estes sindicatos assinaram um acordo com a administração no qual aceitaram uma proposta de aumento de 60 euros na tabela salarial, acrescido de cerca de 13 euros por mês do subsídio de refeição.
c/ Lusa