GM fecha fábrica da Azambuja a 31 de Outubro

por Agência LUSA
GM quer discutir já indemnizações EPA

A General Motors (GM) enviou quinta-feira aos sindicatos dos trabalhadores da fábrica da Opel da Azambuja uma carta onde reafirma o fecho da unidade a 31 de Outubro.

Na carta, a GM informa os trabalhadores que mantém a intenção de deslocalizar a produção do modelo Combo da Opel - único automóvel construído na Azambuja - para a fábrica de Saragoça, em Espanha, tal como tinha noticiado um jornal económico alemão no início do mês.

Na mesma carta, o director-executivo da GM na Europa, Geral Johnson, diz que é necessário avançar com as negociações sobre as futuras indemnizações e compensações.

O responsável confirma também que aceitou "o pedido de Portugal para prorrogar a decisão final, por forma a que este tenha tempo para apresentar alguma solução para ultrapassar a desvantagem competitiva de 500 euros que representa produzir o Combo na Azambuja", escreve o Jornal de Notícias, que teve acesso à carta.

O director-executivo da GM na Europa revela também que é necessário que se iniciem os "trabalhos preparatórios sobre os requisitos técnicos relativos à mudança de produção", para uma resposta rápida à deslocalização, caso ela avance, por falta de acordo com o Estado português.

Por fim, na carta, a GM Europa aconselha os trabalhadores da fábrica da Azambuja a porem fim aos protestos e paralisações, na "medida em que só pioram a situação".

Na quinta-feira, no parlamento, o ministro da Economia, Manuel Pinho, advertiu a GM de que terá de devolver o valor dos incentivos concedidos pelo Estado Português, caso decida encerrar a fábrica da Opel, na Azambuja, antes de 2009.

No final da interpelação parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo, o ministro da Economia e da Inovação frisou que o objectivo "primeiro" do executivo "é fazer o possível" para que a fábrica da Opel na Azambuja continue a funcionar.

No entanto, caso a GM decida encerrar a fábrica antes do final do contrato, que termina em 2009, Manuel Pinho avisou que a multinacional "terá de indemnizar o Estado Português".

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