A fraca participação impediu hoje a realização da marcha lenta que os agricultores algarvios tinham previsto fazer entre Faro e Castro Marim, tendo apenas sido efetuado um trajeto por autoestrada entre Faro e Tavira, disse fonte da organização.
A concentração dos agricultores foi convocada para o estádio do Algarve, no Parque das Cidades Faro-Loulé, às 05:00, e a partida para Castro Marim, pela Estrada Nacional 125, estava prevista para as 06:00, mas o grupo de cerca de 15 participantes apenas saiu de Faro rumo a Tavira, pelas 08:30.
Inicialmente, Fátima da Rocha, porta-voz do Movimento Civil de Agricultores Portugueses, organizador do protesto, disse à Lusa que a intenção era seguir para Tavira pela autoestrada A22 e, aí, reunir-se com mais manifestantes, mas cerca das 10:00 a mesma fonte anunciou que, "face à pouca participação, já não se iria fazer o percurso até Castro Marim".
"É uma pena no Algarve não ter havido tanta participação, mas os agricultores da região estão solidários com as reivindicações que estão a ser feitas pelos colegas de outras zonas do país", afirmou Fátima da Rocha, esclarecendo que, já em Tavira, os manifestantes presentes concluíram que era melhor não realizar a marcha lenta até Castro Marim.
A porta-voz para o Algarve enalteceu a participação noutros protestos realizados hoje pelo Movimento e que levaram a bloqueios de estradas e vias de acesso a fronteiras como as de Vilar Formoso e do Caia, com centenas de participantes com tratores e máquinas agrícolas a reivindicarem melhores condições para o setor primário.
Na quarta-feira, os agricultores do Algarve anunciaram que iam realizar uma marcha lenta entre Faro e Castro Marim para exigir "condições justas" e a "valorização da atividade".
O protesto estava incluído nas ações que o Movimento Civil de Agricultores Portugueses convocou para hoje em várias zonas do país para reclamar melhores condições para os profissionais.