Fórum empresarial quer mostrar que "não há limites" para o que África e Caraíbas podem fazer juntas
A capital de Barbados acolhe, a partir de hoje, o primeiro fórum de comércio e investimento entre África e as Caraíbas, que pretende demonstrar que "não há limites" para o que as duas regiões conseguem alcançar juntas.
"Juntos, não há limites para o que podemos alcançar, não apenas para os nossos países e cidadãos - mas também à escala global, para o bem da humanidade", escreveu a primeira-ministra de Barbados, Mia Amor Mottley, num documento de apresentação do evento.
"Temos a certeza de um futuro de aumento do comércio, investimento, engajamento e colaboração para a prosperidade partilhada", escreveu, por seu lado, o presidente do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), Benedict Oramah, na mesma nota.
Organizado pelo Governo de Barbados e pelo Afreximbank, na sequência da primeira cimeira África/Comunidade das Caraíbas, em setembro de 2021, o AfriCaribbean Trade and Investment Fórum (ACTIF2022) vai reunir representantes de governos, empresas, associações empresariais, agências de desenvolvimento, instituições financeiras multilaterais, `think tanks` e centros de investigações de África e das Caraíbas.
Segundo a organização, estão registados mais de 1.500 participantes de 93 países (incluindo 48 de África, 12 das Caraíbas e 33 de outros países).
Sob o lema "Um Povo. Um Destino. Unir e Reimaginar o nosso Futuro", o encontro baseia-se na "profunda história ligada e compartilhada de África e das Caraíbas", e visa "fortalecer os laços económicos" entre as duas regiões, escreveu ainda Oramah.
Mottley acrescenta que ao juntar as experiências e competências de africanos e caribenhos, é possível fazer avanços inovadores nas alterações climáticas e abordar as preocupações das duas regiões em termos de segurança alimentar.
Durante o encontro será apresentado o Relatório de Comércio e Investimento África-Caraíbas e a organização espera que o ACTIF2022 contribua para a implementação do Acordo de Livre Comércio Continental Africano (AfCFTA, no acrónimo em inglês) e da agenda de desenvolvimento comercial do Caribe.
Entre os temas a discutir estão a aceleração da industrialização e manufatura em Zonas Económicas Especiais e parques industriais, o financiamento de comércio e investimentos ou oportunidades nas indústrias culturais e criativas.
Melhorar a logística para promover o turismo, o comércio e as telecomunicações, melhorar a produtividade agrícola e a segurança alimentar, a saúde e ciências da vida e criar oportunidades para jovens e pequenas e médias empresas são outros temas em debate.