Financiamento das PME deve ser prioridade para leasing, factoring e renting - ALF

por Lusa

A transição energética, a inovação tecnológica e a aposta no financiamento às pequenas e médias empresas (PME) devem ser prioridades do `leasing`, `factoring` e `renting` em Portugal, segundo uma análise da ALf e da Deloitte.

"A adaptação aos novos desafios da sociedade, como a transição energética, as tendências futuras da mobilidade ou a inovação tecnológica, assim como a aposta crescente no financiamento às PME devem ser prioridades do `leasing`, do `factoring` e do `renting` de Portugal", indicou a ALF -- Associação Portuguesa de `Leasing`, `Factoring` e `Renting`, numa nota enviada à Lusa.

Estes fatores são "essenciais" para o crescimento dos produtos de financiamento especializado no próximo ano, apontou.

O `leasing` é um contrato em que uma empresa cede ao cliente, mediante o pagamento de uma renda, a utilização temporária de um bem, que foi comprado ou construído por indicação do cliente, que o poderá comprar no final do período acordado.

Por sua vez, o `factoring` consiste na compra de créditos a curto prazo, que são derivados da venda de produtos ou da prestação de serviços, enquanto o `renting` tem por base o aluguer de um veículo novo.

Conforme destacou, a transição energética é uma oportunidade para o crescimento do financiamento especializado, com o `leasing` e o `renting` a permitirem às empresas maior flexibilidade em se financiarem para a compra de equipamentos mais eficientes do ponto de vista energético.

Segundo a mesma nota, a deslocação de partes das cadeias de produção para a Europa pode criar oportunidades de negócios e empregos para as empresas, sobretudo para as pequenas e médias empresas de Portugal.

No que diz respeito ao `leasing`, a análise revelou que se tem assistido a uma recuperação dos volumes de produção, com 2.600 milhões de euros em 2023 e uma taxa de crescimento do negócio a rondar os 9%.

Os principais desafios vão ser o aparecimento de produtos mais flexíveis, o risco de quebra de vendas em viaturas novas, a retenção do conhecimento e talento especializado no setor e os recursos humanos, sendo importante a atualização de competências e o desenvolvimento de estratégias de retenção.

O mercado do `renting` automóvel em Portugal "tem registado um crescimento assinalável", sendo que, no ano passado, foi responsável por adquirir 36.000 viaturas ligeiras novas, no valor de mais de 1.000 milhões de euros.

Os principais desafios são a incerteza sobre o valor residual das viaturas elétricas, limitações à micro-mobilidade em meios urbanos, o risco de quebra de vendas em viaturas novas e a crise das cadeias de abastecimento.

Este mercado deve prosseguir o foco na eletrificação das frotas, reforçar a aposta nos usados, agregar novos serviços à proposta de valor e preparar a transição para carros autónomos.

Nos últimos anos, verificou-se um crescimento significativo nos volumes de crédito através do `factoring`, com um total de 44.200 milhões de euros em faturas tomadas em 2023, sendo os principais desafios a concorrência, a retenção de talento, a nova regulação europeia e as fraudes.

A inovação tecnológica, a diversificação da oferta e expansão das oportunidades de mercado são as principais alavancas para este mercado.

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