O candidato socialista à sucessão de António Costa disse esta sexta-feira assumir "todas as responsabilidades no que diz respeito à TAP". Pedro Nuno Santos insistiu repetidamente que o contrato da anterior CEO, Christine Ourmières-Widener, foi elaborado por uma equipa jurídica, pelo que não havia sinais que indicassem a ilegalidade da acumulação de cargos.
Pedro Nuno Santos afirmou aos jornalistas que “o contrato foi redigido com uma equipa jurídica, o que quer dizer que diferentes equipas jurídicas têm interpretações também diferentes sobre o que ali foi feito”.
“Estão todos a partir do pressuposto de que a acumulação daqueles cargos é ilegal. Eu não tenho essa certeza e aquilo que sei é que o contrato foi acompanhado por uma equipa jurídica”, insistiu.
“Mas a verdade é que o ponto de vista mais relevante central, é mesmo o facto de nós termos uma empresa que dava prejuízo, que estava mesmo falida, com capitais próprios negativos, e que hoje é uma empresa que dá lucro”, defendeu.
“E quando nós queremos medir o resultado do sucesso, do trabalho e de um Governo ou político, mede-se também por isso”.
O candidato às legislativas considerou ainda que “a TAP vai sendo e vai ser usada ao longo da campanha” e que “vai haver sempre alguma coisa que possa ser explorada”.“Mas a verdade é que o ponto de vista mais relevante central, é mesmo o facto de nós termos uma empresa que dava prejuízo, que estava mesmo falida, com capitais próprios negativos, e que hoje é uma empresa que dá lucro”, defendeu.
“E quando nós queremos medir o resultado do sucesso, do trabalho e de um Governo ou político, mede-se também por isso”.
Questionado se Christine Ourmières-Widener contribuiu para esse sucesso, Pedro Nuno Santos respondeu que este se deve “ao Governo que decidiu intervencionar a TAP e que conseguiu negociar um plano de restruturação eficaz com a Comissão Europeia”, “à equipa que administrou a TAP e implementou o plano de reestruturação, e também a todos os trabalhadores da companhia”.
As declarações surgem depois de ser noticiado que o Governo autorizou a ex-presidente executiva da TAP a manter cargos em outras duas empresas. A exceção do dever de exclusividade consta do contrato assinado com Christine Ourmières-Widener, que foi validado pelos ministros das Infraestruturas e das Finanças.