Euronext Lisboa sobe 7,7% seguindo tendência geral após anúncio de plano dos EUA para "limpar" mercado
Lisboa, 19 Set (Lusa) - A bolsa de Lisboa subia hoje 7,71 por cento a duas horas do fecho, com todos os títulos em alta e alguns com subidas de 10 e 15 por cento, segundo uma tendência global dos mercados bolsistas.
O PSI 20, principal indicador da Euronext Lisbon registava a segunda maior subida das bolsas europeias, a seguir a Londres, que recuperava 9,51 por cento à mesma hora.
Estas recuperações surgem depois da Reserva Federal e do Tesouro norte-americano terem proposto a criação de um plano para combater a actual crise financeira que prevê a transferência dos activos relacionados com dívida hipotecária, considerados problemáticos, dos balanços das instituições financeiras para um fundo especial a ser criado.
Além deste plano, anunciado quinta-feira à noite, nos últimos dias têm vindo a ser introduzidas, pelos reguladores dos mercados de capitais, medidas restritivas no que se refere a posições a descoberto no mercado accionista, explicam analistas do Millennium Investimento na sua análise ao comportamento dos mercados.
Estas medidas contribuem para "atenuar as significativas perdas que os vários mercados vinham a registar", adiantam, e explicam as subidas de hoje.
Na bolsa de Lisboa, os títulos do BES lideravam as subidas, com ganhos de 15,145 por cento, mas os outros títulos da banca registavam também subidas que há muito não se viam - o BPI 9,75 por cento e o BCP 6,98 por cento.
O título com a subida menos acentuada, a Mota Engil, ganhava ainda assim, de 2,773 por cento, e com ganhos acima dos 7,0 por cento estavam oito empresas.
Nos restantes mercados, todos com subidas acentuadas, o Footsie de Londres liderava, com 9,51 por cento, seguido do norte-americano Dow Jones Stoxx 50, com 9,16 por cento, enquanto o Euronext 100 se aproximava, com ganhos de 7,31 por cento.
Todas as outras praças registavam ganhos entre 4,84 por cento e 7,49 por cento.
Os analistas referem, contudo, que "a incerteza persiste no mercado financeiro e os rumores de possíveis fusões entre várias instituições financeiras deverão continuar a fomentar a volatilidade nos mercados".
ANP.