O euro seguia hoje ao final do dia a apreciar-se face ao dólar, aproximando-se do máximo de sempre contra a moeda norte-americana, pressionado pela queda da inflação subjacente nos Estados Unidos.
Às 17:30, o euro valia 1,3559 dólares, ligeiramente acima dos 1,3547 dólares a que transaccionava ao final do dia de segunda-feira.
Durante a sessão de hoje, a moeda única oscilou entre um mínimo de 1,3523 dólares e um máximo de 1,3595 dólares, máximo desde Dezembro de 2004.
O valor mais elevado de sempre foi atingido a 30 Dezembro 2004 nos 1,3666 dólares.
Os preços nos Estados Unidos subiram 0,6 por cento em Março, acelerando face a Fevereiro (quando tinham aumentado 0,4 por cento.
A taxa de inflação subjacente (sem a alimentação e energia) baixou para 0,1 por cento em Março, depois de ter ficado nos 0,2 por cento em Fevereiro, registando o valor mais baixo desde o início do ano.
Para os analistas contactados pela Bloomberg, esta reduzida taxa de inflação subjacente dá mais espaço à Reserva Federal norte-americana (Fed) para descer as taxas de juro, por forma a tentar animar a economia nos próximos meses.
Os outros dois dados conhecidos nos Estados Unidos saíram mistos.
A produção industrial nos Estados Unidos caiu 0,2 por cento em Março, depois de ter aumentado 0,8 por cento (revistos) no mês anterior, saindo pior que o esperado pelos analistas, que apontavam para uma estagnação da produção.
A construção de casas nos EUA subiu inesperadamente em Março, com um acréscimo de um por cento, para 1,518 milhões anualizados, acima dos 1,506 milhões verificados em Fevereiro.
Os números surpreenderam positivamente os analistas contactados pela agência Bloomberg, que esperavam que a construção de casas novas baixasse para 1,495 milhões.
Na Europa destaque para a divulgação da confiança dos investidores alemães, a qual subiu em Abril para 16,5 pontos, um máximo de 10 meses, contra 5,8 pontos em Março, anunciou hoje o instituto de conjuntura ZEW, que elabora este índice.
Trata-se do melhor índice desde Julho e o número superou as expectativas dos analistas consultados pela agência Bloomberg que apontavam, em média, para uma subida para 10 pontos.
A evolução positiva deste indicador deu também impulso ao euro.
No Reino Unido, a inflação acelerou em Março, com os preços a subirem 3,1 por cento em comparação com o período homólogo, o maior aumento desde 1997.
Esta aceleração não era esperada pelos analistas da agência Bloomberg, que apontavam em média para uma estabilização nos 2,8 por cento, verificados em Fevereiro.
Este aumento acentuado da inflação fez subir a libra esterlina - que ultrapassou hoje a barreira dos 2 dólares no mercado cambial pela primeira vez Setembro de 1992 -, dado que poderá levar o Banco de Inglaterra a agravar novamente o custo do dinheiro na próxima reunião de Maio.
Actualmente, a taxa de juro no Reino Unido está 5,25 por cento.
Divisas...........Hoje 17:30........Segunda-feira
Euro/dólar...........1,3559............1,3547
Euro/iene............161,39............162,32
Euro/libra...........0,6764............0,6805
Dólar/iene...........119,01............119,82