Os Estados Unidos aplicaram uma série de sanções contra uma entidade russa e outra iraniana que Washington acusa de tentarem influenciar as eleições presidenciais americanas, foi hoje anunciado.
As sanções aplicadas pelo Departamento do Tesouro norte-americano (o equivalente ao Ministério das Finanças) no caso iraniano centram-se no Centro de Design e Produção Cognitiva, que os Estados Unidos alegam estar ligado aos Guardas da Revolução do Irão, acusados de ter encetado várias operações com o intuito de reforçar as tensões sociopolíticas na América, antes das eleições de 05 de novembro.
Já no caso da Rússia, o alvo das sanções é uma organização que pertence ao serviço de inteligência, o Centro para o Conhecimento Geopolítico, assim como o seu diretor, Valery Korovin.
"Os governos da Rússia e do Irão visaram o nosso processo eleitoral e instituições, num esforço de dividir o povo americano através de campanhas direcionadas de desinformação", afirmou o sub-secretário de Estado para o Terrorismo, Bradley Smith.
Ao mesmo tempo, os Estados Unidos anunciaram sanções contra a juíza Olesya Mendeleeva, pelo seu papel "na detenção arbitrária" de Alexei Gorinov, ex-vereador de Moscovo e opositor do regime liderado por Vladimir Putin.
Em novembro, Gorinov foi condenado a mais três anos de prisão, quando já cumpre uma pena de sete anos de prisão, depois de ter denunciado a invasão militar em curso na Ucrânia, durante um conselho municipal, em 2022.
As sanções hoje anunciadas envolvem o congelamento de todos os bens detidos direta ou indiretamente pelas pessoas e entidades visadas.