Estimativa do INE. Taxa de inflação acelera em maio para 3,1%

por RTP
Marton Monus - Reuters

A taxa de inflação homóloga aumentou para 3,1 por cento em maio, mais 0,9 pontos percentuais do que no mês anterior, refletindo sobretudo o efeito base associado ao efeito do IVA zero no cabaz de bens essenciais. É o que indica a estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá acelerado para 3,1 por cento em maio, uma subida de 0,9 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, adianta o INE.

“Esta aceleração resulta essencialmente do efeito de base associado à redução mensal de preços registada em maio de 2023 (-0,7 por cento), no seguimento da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”
, acrescenta.

A estimativa do gabinete de estatísticas explica que o agravamento da taxa se deve à entrada em vigor do IVA Zero, em abril do ano passado. Em causa está o efeito de base associado à redução de preços que se registou há um ano.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,7 por cento, contra 2 por cento no mês anterior.A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 7,8 por cento, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou um aumento de 2,6 por cento (variação nula em abril).


O INE estima que, comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,2 por cento, contra 0,5 por cento em abril e -0,7 por cento em maio de 2023.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 3,9 por cento, que compara com 2,3 por cento no mês anterior.

"Estima-se uma variação média nos últimos doze meses de 2,6% (valor idêntico ao do mês anterior)", acrescenta ainda o INE.
Pedro Sousa Carvalho - comentador de economia da Antena 1

A última vez que Portugal registou uma inflação homóloga acima dos 3 por cento tinha sido em setembro do ano passado.

Estes dados são divulgados uma semana antes da reunião de política monetária do Banco Central Europeu, que se espera que seja decidido um primeiro corte nas taxas de juro.

c/ Lusa
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