Esta é uma boa altura para comprar casa e leilões são oportunidade - agências

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Lisboa, 12 Fev (Lusa) - Esta é uma boa altura para comprar casa e os leilões imobiliários são uma boa oportunidade para adquirir imóveis a preços inferiores aos praticados no mercado, segundo algumas agências imobiliárias contactadas pela Agência Lusa.

Numa altura de crise económica, a agência imobiliária Euro Estates vai leiloar cerca de 130 imóveis nas zonas da Grande Lisboa, Grande Porto e Algarve, numa série de cinco leilões, que começa este sábado, no Porto, e domingo, em Lisboa.

Jorge Gil, responsável pela imobiliária Graciano Gil, entende que "esta é uma boa altura para comprar", porque o mercado imobiliário está em queda e "estes leilões podem ser uma boa oportunidade para o mercado de arrendamento".

"A altura é boa para quem compra, mas para quem vende já não", diz Jorge Gil, acrescentando que "provavelmente quem vende agora comprou quando os preços estavam em alta e agora está a vender por um valor inferior".

Contactada pela Lusa, Andreia Melo, consultora da imobiliária Re/Max, considerou que "o crescimento do número de imóveis neste tipo de leilões deve-se sobretudo ao sobreendividamento das pessoas aliado às constantes subidas das taxas de juros".

No entanto, "o mercado de compra e venda de imóveis não se encontra estagnado, muito pelo contrário", afirma Andreia Melo, acrescentando que as mediadoras imobiliárias têm "todas as ferramentas necessárias para ajudar a vender estes imóveis, sem se chegar a situações que não são de todo aquilo que qualquer proprietário desejaria para a sua casa".

Em declarações à Lusa, Diogo Pitta Livério, director comercial da Euro Estates - empresa que promove estes tipo de leilões - revelou que a gência "trabalha com diversas entidades detentoras de activos imobiliários, maioritariamente com bancos e fundos de investimento imobiliário mas também com particulares e empresas de promoção imobiliária", acrescentando que espera vender "pelo menos 50 por cento do valor da carteira, que orça entre três a quatro milhões de euros".

Alexandre Almeida, proprietário de uma imobiliária com o mesmo nome, considera que esta operação da Euro Estates "é viável e normal", uma vez que os imóveis são "vendidos a preços inferiores ao seu valor real de mercado", e numa altura de crise, "estes leilões permitem a quem quer comprar casa agora, adquiri-la a preços mais baixos".

Alexandre Almeida disse à agência Lusa que até ao momento ainda não comprou quaisquer imóveis em leilões mas admite essa hipótese: "é possível que venha a recorrer a este tipo de compra para depois revender os imóveis".

Pitta Livério garante que os imóveis que vão a leilão não têm qualquer relação com os Fundos de Investimento Imobiliário ao Arrendamento Habitacional (FIIAH), criados pelo Governo no final do ano passado.

NZD.


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