Escovaria Belomonte é a única do país a fazer escovas à mão

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O negócio de família tem passado de geração em geração ao longo dos últimos 90 anos. Muitos acreditam que o espaço serviu até de inspiração para a vassoura do feiticeiro Harry Potter.

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Dois funcionários da embaixada de Israel abatidos a tiro em Washington

por RTP
A polícia de Washington pediu à população que evite a área envolvente ao tiroteio Jonathan Ernst - Reuters

Dois funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos, um homem e uma mulher, foram mortalmente baleados, na noite de quarta-feira, diante do Museu Judaico de Washington. As autoridades detiveram um homem armado que, segundo os meios de comunicação social norte-americanos, terá gritado "Palestina livre".

(em atualização)

"Dois funcionários da Embaixada de Israel foram mortos sem sentido, esta noite, perto do Museu Judaico em Washington D.C", confirmou na rede social X a secretária norte-americana de Segurança Interna, Kristi Noem.

"Estamos a investigar ativamente e a trabalhar para obter mais informações para partilhar", acrescentou a governante.

A polícia de Washington recomendou à população da capital federal dos Estados Unidos que evite a zona em redor do Museu Judaico, próximo das instalações do FBI
.Uma das vítimas ainda foi transportada em estado crítico para um hospital local, mas acabou por sucumbir aos ferimentos.

"Estes horríveis assassínios em Washington, obviamente motivados pelo antissemitismo, têm de acabar agora", escreveu na rede social Truth Social o presidente dos Estados Unidos.

Donald Trump afirmou ainda que "o ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos".


Por sua vez, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, veio descrever os acontecumentos em Wahington como um "ato perverso de terrorismo antissemita".

"Prejudicar a comunidade judaica é ultrapassar os limites. Estamos confiantes de que as autoridades norte-americanas irão reprimir os responsáveis por este ato criminoso. Israel continuará a atuar com determinação para proteger os seus cidadãos e representantes em todo o mundo", escreveu no X.


A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, já se deslocou ao local do tiroteio com Jeanine Ferris Pirro, procuradora-geral adjunta do Distrito de Columbia.

"Rezamos pelas vítimas desta violência enquanto trabalhamos para saber mais sobre o que aconteceu", reagiu Pam Bondi.

c/ agências

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Netanyahu quer cria "zona de segurança" em Gaza

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O primeiro-ministro israelita defende a criação de uma zona segura em Gaza, para fazer chegar ajuda humanitária e criar as condições para acabar com a guerra. Benjamin Netanyahu desmente divergências com Donald Trump, apesar de o presidente norte-americano não ter passado por Israel, na visita que fez ao Médio Oriente.

Aviso dos EUA. Israel está a preparar ataque contra instalações nucleares iranianas

por RTP
O presidente iraniano intervém durante um encontro com membros da Marinha iraniana no último sábado, a 17 de maio. Foto: Presidência iraniana/WANA via Reuters

Novas informações recolhidas pelos Estados Unidos sugerem que Israel está a preparar um ataque contra instalações nucleares iranianas. A informação é avançada pela CNN Internacional, que cita vários responsáveis norte-americanos, numa altura em que as diplomacias dos EUA e Irão se preparam para a quinta ronda de negociações sobre o novo programa nuclear iraniano.

Os Estados Unidos obtiveram novas informações que sugerem que Telavive está a preparar um ataque contra instalações nucleares do Irão. Esta hipótese de um ataque surge numa altura em que a Administração Trump procura chegar a acordo diplomático com Teerão. As negociações têm ocorrido ao longo das últimas semanas sob mediação da diplomacia omani, com o próximo encontro marcado para 23 de maio, em Roma.

Segundo os responsáveis norte-americanos ouvidos pela CNN Internacional, tal investida contra o regime iraniano constituiria não só uma clara rutura com a estratégia seguida por Donald Trump, mas também um possível rastilho para um conflito mais alargado no Médio Oriente.

A televisão norte-americana sublinha que ainda não é evidente que os líderes israelitas tenham tomado uma decisão definitiva quanto a este ataque e que, dentro da própria Administração norte-americana, há desacordo quanto à possibilidade desta investida sair do papel.

Vários responsáveis acreditam que Telavive irá fazer depender este ataque do resultado das negociações em curso entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano.

No entanto, “a probabilidade de um ataque israelita numa instalação nuclear iraniana aumentou significativamente nos últimos meses (…) E a perspetiva de um acordo entre EUA e Irão que não remova todo o urânio do Irão só torna mais provável a hipótese de um ataque”, adianta um dos responsáveis ouvidos pela CNN.

A preocupação com um ataque é crescente não só pela troca de mensagens, públicas e privadas, entre altos funcionários israelitas, mas também de comunicações israelitas e movimentos militares, nomeadamente o movimento de munições aéreas e a conclusão de um exercício militar.

Não obstante estes sinais, os movimentos israelitas podem constituir apenas mais um elemento de pressão sobre o regime iraniano nas negociações diplomáticas em curso, em linha com o que tem sido feito pelo próprio presidente norte-americano.

Desde que tomou posse, em janeiro, Donald Trump já ameaçou bombardear instalações nucleares de Teerão em várias ocasiões, ao mesmo tempo que decorrem as negociações entre peritos norte-americanos e iranianas, primeiro em Muscat e mais recentemente em Roma.

Em abril, também o jornal New York Times dava conta de um plano israelita para bombardear instalações nucleares iranianas em maio, mas que o plano foi rejeitado pela Administração norte-americana em favor da negociação de um novo acordo para limitar o programa nuclear de Teerão.
Próxima ronda negocial a 23 de maio
A ameaça iraniana paira no mesmo dia em que o chefe da diplomacia omani, que está a mediar as negociações entre Estados Unidos e Irão, anunciou que a quinta ronda de negociações sobre o programa nuclear iraniano irá decorrer esta sexta-feira, 23 de maio, em Roma.

Desde 12 de abril, Washington e Teerão já se reuniram por quatro vezes com o objetivo de chegar a um novo sobre o programa nuclear iraniano. A diplomacia norte-americana procura evitar que o Irão se transforme numa potência com armas nucleares em troca do levantamento de sanções que estrangulam a economia daquele país há vários anos.

A liderança iraniana, que continua a assegurar as intenções pacíficas do seu programa nuclear e nega quaisquer ambições militares, diz-se disponível para as negociações com os Estados Unidos, mas que não irá tolerar quaisquer ameaças ou desistir dos seus direitos.

“Estamos a negociar e vamos negociar. Não estamos à procura de guerras, mas não tememos qualquer ameaça. Eles que não pensem que, se nos ameaçarem, nós desistiremos dos nossos direitos”, afirmou no último fim de semana o presidente iraniano num discurso perante a Marinha iraniana. 

Masoud Pezeshkian destacou a importância de manter “a honra militar, científica e nuclear em todos os domínios”.

Na terça-feira, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, vincou o seu ceticismo quanto às negociações em curso. “Não acreditamos que [as negociações atuais] obtenham qualquer resultado”, afirmou o ayatollah, acrescentando que negar o direito de Teerão a enriquecer urânio é “um grande erro”.

Este é, de resto, um dos principais pontos de discórdia na discussão entre peritos dos dois países: o Irão insiste em manter a autorização para o enriquecimento de urânio, nos termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual Teerão é signatário, e que prevê o direito à energia nuclear para fins civis.

Por outro lado, Washington exige que Teerão abandone por completo esse esforço e tem vincado a sua oposição a qualquer tipo de enriquecimento de urânio por parte do regime iraniano.

O esforço diplomático ocorre exatamente dez anos após a assinatura de um acordo sobre o programa nuclear iraniano, também conhecido por Joint Comprehensive Plan of Action - JCPOA, que previa limites ao enriquecimento de urânio e vigilância internacional do programa nuclear de Teerão a cargo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). 

O entendimento foi assinado em julho de 2015, ainda durante a Administração Obama, previa, em troca desta abertura e controlo, um levantamento das sanções internacionais aplicadas ao regime.

Na altura, apesar de todos os indicadores apontarem para um cumprimento do acordo por parte de Teerão, o presidente norte-americano Donald Trump optou por rasgar o tratado ainda durante o primeiro mandato, em 2018, considerando que este era "o pior acordo de sempre".

Cisjordânia. Portugal condena ataque e convoca embaixador de Israel

por RTP
A delegação de diplomatas em Jenin momentos antes dos disparos por parte de soldados israelitas Mohammad Mansour - AFP

"Portugal condena liminarmente o ataque do exército israelita à comitiva diplomática que visitou Jenin, na Cisjordânia", referiu um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros enviado às redações esta quarta-feira.

Uma delegação de embaixadores foi alvo há algumas horas de disparos do exército israelita no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia. 

Bruxelas pediu a Israel que investigue o ataque à delegação de diplomatas.

O "ataque", como lhe chamou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade palestiniana, que o exército israelita descreve como "disparos de advertência", tem estado a ser condenado por vários países, além de Portugal.

"Nesta comitiva seguiam mais de 20 diplomatas e representantes de órgãos de comunicação social, entre eles, o embaixador Frederico Nascimento, chefe da missão diplomática em Ramallah, que se encontra a salvo", referiu o comunicado do MNE. 

"Perante este incidente, que põe em causa o Direito Internacional, o Embaixador de Israel em Portugal já foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros", acrescentou o ministério.

O ministro dos Negócios Estrangeiros já tinha expressado na rede X a sua solidariedade com os diplomatas.
A agência palestiniana de notícias adiantou que neste ataque havia pelo menos dois militares israelitas a dispararem em direção ao grupo de diplomatas enquanto estavam a ser entrevistados.

As autoridades palestinianas garantem que o grupo de diplomatas que foi alvo dos disparos estava em missão oficial para um retrato da situação humanitária da cidade da Cisjordânia ocupada. Kaja Kallas, alta representante da UE para política externa, diz a partir de Bruxelas que qualquer ameaça contra a vida de diplomatas é "inaceitável".

Em comunicado, o exército israelita diz ter feito tiros de aviso contra a delegação porque os diplomatas se desviaram do itinerário previamente aprovado para a visita organizada pela Autoridade Palestiniana.
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O exército israelita garante que os diplomatas estavam numa zona onde não tinham autorização para estar, tendo os soldados israelitas efetuado disparos para os avisar disso mesmo.

No comunicado, o exército de Israel lamentou qualquer desentendimento que possa ter surgido por causa dos disparos e anunciou que em breve terá lugar uma reunião com os diplomatas presentes nesta delegação.

A missão integrava diplomatas e 27 países, incluindo 14 países da União Europeia: Portugal, Áustria, Bulgária, Espanha, Lituânia, Polónia, Roménia, França, Países Baixos, Finlândia, Itália, Alemanha, Dinamarca e Bélgica.

A delegação tinha ainda diplomatas do Canadá, do Reino Unido, da Rússia e dos países latino-americanos Chile, México e Uruguai, bem como dos países árabes Jordânia, Marrocos, Turquia e Egito. Do continente asiático, estavam presentes diplomatas da China, da Coreia do Sul e do Japão.

De acordo com a lista, a visita incluiu também representantes do Programa Alimentar Mundial (PAM) e da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA).

Com agências
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Disparos na visita de diplomatas. Exército israelita abre inquérito

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Soldados israelitas dipararam tiros de aviso sobre um grupo de diplomatas estrangeiros. Entre eles estava o embaixador português. Os diplomatas visitavam Jenin, na Cisjordânia, e o exército israelita pediu desculpas e abriu um inquérito ao incidente.

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Pós-legislativas. Presidente da República ausculta partidos para indigitar primeiro-ministro

por Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Manuel de Almeida - Lusa

Após as audiências de PSD, PS e Chega, o presidente da República recebeu esta quarta-feira a Iniciativa Liberal e o Livre. Nesta ida a Belém ficou-se a saber que a IL vai apresentar projeto de revisão constitucional, aproveitando a maioria de dois terços da direita parlamentar.

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Presidente do Parlamento. Aguiar-Branco disponível para se candidatar

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Aguiar-Branco está disponível para voltar a ser candidato à presidência da Assembleia da República. A eleição decorrerá na primeira sessão plenária da nova legislatura.

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Inquérito a André Ventura. Justiça investiga vídeos sobre ciganos

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Em causa está a publicação de vídeos sobre pessoas de etnia cigana nas redes sociais do líder do Chega. A queixa foi apresentada por dez associações que consideram que as publicações incitam ao ódio.

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Amnistia Internacional adverte contra "aumento de autoritarismo" após eleições

por Cristina Santos - RTP
Entre as recomendações que a secção portuguesa da AI preparou surge, por exemplo, “proteger o direito de reunião pacífica" António Antunes - RTP

Após o resultado das eleições legislativas, a maior e mais antiga organização de defesa dos Direitos Humanos do mundo garante que vai estar atenta a eventuais abusos e violações destes em Portugal.

Em comunicado agora divulgado, a Amnistia Internacional – Portugal (AI-PT) avisa que o “aumento de autoritarismo, discursos de ódio e discriminação em Portugal não serão tolerados”.

A organização de defesa dos Direitos Humanos dirige-se “aos deputados eleitos e ao Governo que for empossado” para sublinhar que “têm a obrigação de proteger, respeitar e cumprir os Direitos Humanos nas suas políticas e abordagens”. Seja em Portugal, seja junto de instituições europeias e internacionais.Afirmando que “o momento é exigente”, a Amnistia defende que é preciso que Portugal tenha um governo e um Parlamento “empenhados em colocar os Direitos Humanos no centro das suas ações e decisões políticas na próxima legislatura”.

A AI PT preparou uma lista de recomendações para os partidos em áreas que considera prioritárias para a população e para defender os “direitos conquistados ao longo de décadas, a nível nacional, desde a Revolução do 25 de Abril de 1974”.

A AI PT assegura que vai estar particularmente atenta “a eventuais abusos e violações dos Direitos Humanos de todos os que residem em Portugal, incluindo aqueles que procuram o nosso país para viver”.

Entre as 13 recomendações que a secção portuguesa da AI preparou surgem, por exemplo, “proteger o direito de reunião pacífica, assegurando a não discriminação e a proporcionalidade no policiamento e no uso dos poderes policiais, do direito penal e das sanções em relação aos protestos”.

A terminar o comunicado, a presidente da Direção da Amnistia Internacional – Portugal sintetiza: “Estaremos atentos ao que forem ações e propostas políticas marcadas pelo ódio, xenofobia e discriminação contra grupos minoritários, vulneráveis, incluindo os migrantes, que possam conduzir a uma crescente desvalorização dos Direitos Humanos, da tolerância e da dignidade humana”.
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Mário Centeno pede estabilidade política em Portugal

por RTP
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Foto: António Pedro Santos - Lusa

Sem comentar, diretamente, o resultado das eleições, o governador do Banco de Portugal avisa que é necessário manter credibilidade e previsibilidade na gestão das contas públicas.

Considerações do governador na apresentação de resultados do Banco de Portugal. O regulador recorreu à almofada financeira para evitar prejuízos e fechou 2024 com um lucro de dois milhões de euros.
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Miranda Sarmento confiante no crescimento acima dos 2% em 2025 e superavit em 2026

por Lusa

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, sublinhou na quarta-feira que o Governo continua confiante no crescimento da economia acima dos 2% em 2025, e que em 2026 mantenha um superávit, apesar das previsões contrárias da Comissão Europeia.

"[A estimativa de 2,4%] Não está descartada, mas é mais exigente. Em todo o caso, os números que temos apontam para crescimento acima de 2% com toda a incerteza que existe, recessão nos EUA, tarifas muito elevadas, ou seja, vários fatores de incerteza", sublinhou Miranda Sarmento, na "Grande Entrevista", na RTP3, conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves.

O governante, que não se comprometeu com um número em concreto, referiu que a Comissão Europeia reviu em baixa crescimento de todos os países, por não saber o efeito da incerteza internacional e efeito das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos.

A Comissão Europeia estimou que Portugal irá conseguir um excedente orçamental de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, que se transformará num défice de 0,6% em 2026, segundo as previsões económicas de primavera divulgadas na segunda-feira.

Estas projeções representam uma revisão em baixa face às previsões de novembro, quando Bruxelas perspetivava um excedente de 0,4% este ano, e são também mais pessimistas do que as estimativas inscritas no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Ao mesmo tempo, o executivo comunitário reviu em baixa as previsões para o crescimento da economia portuguesa este ano, para 1,8%, mas está agora confiante de que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,2% em 2026.

Para Miranda Sarmento, entre a "recuperação do consumo, números positivos do turismo, o acelerar do investimento privado com grandes projetos aprovados nos últimos tempos e o acelerar do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] há condições para economia crescer acima de 2%" em 2025.

Sobre o excedente orçamental, o ministro das Finanças destacou que o Governo continua a prever um superávit para 2025 e 2026, destacando que para 2026 "é mais exigente".

"Temos para 2026, por um lado, incerteza ponto de vista internacional e um exercício orçamental mais exigente, sempre disse isso, devido ao efeito pontual de 3 mil milhões de euros de empréstimos do PRR", apontou, lembrando que é despesa sem receitas.

Questionado sobre o aumento da despesa de Portugal em Defesa, Miranda Sarmento frisou que irá decorrer uma cimeira da NATO, em junho, onde serão tomadas decisões, apontando para o atual compromisso de Portugal, de atingir 2% do PIB em 2029.

Na semana passada, o secretário-geral da NATO estimou que todos os Estados-membros podem estar a gastar 2% do seu PIB em defesa antes da próxima cimeira de líderes, acrescentando que "aguardava ansiosamente" o desfecho das eleições legislativas em Portugal.

"É possível que tenha que ser antecipado, há naturalmente uma pressão e procuraremos acomodar isso nas margens orçamentais", admitiu o ministro das Finanças português, durante a entrevista.

"É importante que se perceba por um lado a despesa com defesa pode ter um efeito na economia para ajudar a reindustrialização de Portugal e Europa. Portugal pode ter papel em algumas áreas, industria naval ou aérea. Se apostarmos podemos ter efeitos na nossa economia", acrescentou.

Colocando de parte os 5% do PIB em defesa, por considerar "incomportável para qualquer país europeu à exceção da Polónia", que já está perto desse valor, Miranda Sarmento frisou que a situação internacional "coloca maior exigência", mas defendeu que qualquer meta "não pode colocar em causa o estado social".

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BCP emprestou 280 milhões de euros em crédito à habitação com garantia pública

por Lusa

O BCP emprestou 280 milhões de euros em crédito à habitação garantido pelo Estado e gastou 20% da sua quota da garantia pública, disse hoje o presidente do banco na apresentação das contas do primeiro trimestre.

Segundo Miguel Maya, o BCP recebeu 5.700 pedidos de crédito com garantia pública no valor total de 1.100 milhões de euros. Destes, foram aprovados empréstimos que totalizam 280 milhões de euros.

Na garantia pública, cada banco tem uma quota que pode utilizar para atribuir empréstimos parcialmente garantidos pelo Estado, tendo o BCP já gasto 20% do total que lhe cabe. Dos 1.200 milhões de euros de montante máximo da garantia, a quota atribuída ao BCP é 185 milhões de euros.

A garantia pública para o crédito à habitação a jovens até 35 anos (inclusive) aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação.

Na prática, conjugando esta garantia com as regras para a concessão de crédito à habitação, a medida permite que os jovens consigam obter 100% do valor da avaliação da casa, em vez dos 90% de limite que vigoram para a generalidade dos clientes.

Hoje, o Banco de Portugal divulgou que cerca de 90% dos contratos com recurso à garantia pública tiveram um financiamento a 100%.

O BCP anunciou hoje que teve lucros de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 3,9% do que nos primeiros três meses de 2024.

Questionado sobre a evolução dos lucros devido à previsível descida gradual das taxas de juro (nos últimos anos as altas taxas de juro têm beneficiado a margem financeira dos bancos), Maya afirmou que não faz previsões (até porque o banco é cotado em bolsa) mas que acredita que "a normalização do custo do risco e das imparidades ajudará a compensar a baixa da margem financeira".

Ainda na conferência de hoje, o presidente do BCP foi questionado sobre as recentes eleições legislativas. Apesar de ter dito que não faz comentário político e que o trabalho do banco é ajudar "os portugueses a prosperar", independentemente das escolhas políticas, afirmou que os resultados não surpreenderam.

"Ninguém pode ficar espantado, quando se adiam as transformações aceleram-se as revoluções", disse.

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Mário Centeno pede estabilidade política em Portugal

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Sem comentar diretamente o resultado das eleições, o governador do Banco de Portugal defendeu que é necessário manter credibilidade e previsibilidade na gestão das contas públicas.

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Bitcoin atinge novo máximo histórico de 109.500 dólares

por Lusa

A Bitcoin, a criptomoeda mais negociada no mercado, atingiu hoje um novo máximo histórico, chegando a 109.500 dólares (96.526 euros), numa altura de incerteza do mercado sobre um possível ataque israelita às instalações nucleares do Irão.

Segundo dados da Bloomberg citados pela agência Efe, às 16:08 (hora de Lisboa), a criptomoeda atingiu um novo máximo histórico de 109.500 dólares, valorizando-se em 2,4%.

Posteriormente, a Bitcoin perdeu força e reduziu os ganhos para 1,5%, caindo novamente abaixo do nível de 109.000 dólares.

Desta forma, a criptomoeda líder do mercado renova máximos (o anterior máximo era de 108.786 dólares; 95.897 euros), registados após a posse do Presidente americano, Donald Trump, em janeiro passado.

Este ano, a Bitcoin valorizou-se em quase 17%.

BCP não está confiante de que compra do Novo Banco lhe trouxesse valor

por Lusa

O presidente do BCP disse hoje que a compra do Novo Banco só seria interessante se trouxesse valor ao banco e que neste momento não tem essa confiança, devido designadamente ao preço pedido pelo Novo Banco.

Questionado sobre a venda do Novo Banco, na conferência de imprensa de apresentação dos lucros do primeiro trimestre, Miguel Maya repetiu a ideia que vem afirmando de que o BCP tem como estratégia crescer organicamente (sem aquisições) mas que olha para todas as operações que estão no mercado e que avaliará mais detalhadamente "se em algum momento se perspetivar que a operação pode acrescentar valor".

"Só será interessante [comprar o Novo Banco] se estivermos confiantes de que a operação cria valor, neste momento não estamos", afirmou Miguel Maya aos jornalistas, referindo que neste dossiê há um "fator determinante, o preço".

Miguel Maya frisou que, enquanto gestor, apenas se preocupa se uma eventual aquisição "cria valor para a sociedade e os acionistas" e não como se posicionam os bancos concorrentes.

"Não estamos preocupados quem compra ou não compra, se fica maior o banco A ou o banco B, não é esse o nosso tema. O nosso tema é concorrer por merecer a confiança dos clientes e criar valor para sociedade e acionistas", disse.

O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES), na resolução deste.

O principal acionista do Novo Banco, Lone Star, anunciou para este ano a venda de parte do banco. Uma vez que o fundo de investimento tem 75% da instituição e o Estado português tem 25% (13,54% detidos pelo Fundo de Resolução e 11,46% pela DGTF - Direção-Geral do Tesouro e Finanças), é preciso saber se o Governo e Fundo de Resolução também avançarão para a venda das suas ações em bolsa.

O grupo espanhol CaixaBank, dono do BPI, está entre os bancos que exploram uma potencial aquisição do Novo Banco, segundo avançou este mês a Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.

No início do ano, o Jornal de Negócios noticiou que a Lone Star está a avaliar o Novo Banco em 5.000 milhões de euros. Em junho de 2024, o Fundo de Resolução comprou ao Estado mais 4,14% do Novo Banco por 128 milhões de euros (passando a deter 13,54%), pelo que avaliou então o banco em mais de 3.000 milhões de euros.

Sobre operações internacionais do BCP, Miguel Maya voltou hoje a dizer que os bancos de Moçambique e Polónia são "operações estratégicas" e que não está em cima da mesa vendê-las.

Sobre o fecho de escritórios de representação no Brasil, disse que atualmente é difícil ter relações com clientes à distância e que entendeu o BCP que essas unidades "não estavam a acrescentar valor". Recordou ainda que no passado foram fechadas representações em África do Sul, Canadá, Estados Unidos e Venezuela.

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AIMA promete avaliar "caso a caso" respostas às notificações de abandono voluntário

por Lusa

O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) afirmou hoje que foi criado um grupo de trabalho para avaliar as respostas às notificações de abandono voluntário.

"Os processos tiveram a sua dinâmica e decisões e agora temos um segundo nível, internamente, para fazer aqui uma reavaliação de algumas dessas situações para termos, tanto quanto possível, a maior certeza relativamente às questões, depois de emissão das notificações de abandono voluntário", explicou Pedro Portugal Gaspar, salientando que todo o cidadão que tenha sido notificado para abandonar o país pode argumentar e contestar.

Em causa está o protesto de muitos imigrantes e associações do setor que contestam a decisão de expulsão com base na indicação automática de exclusão do Espaço Schengen.

Para estar nessas bases de dados de nomes é necessário cumprir um crime ou ter uma nota de expulsão noutro país comunitário, que pode ter por base a simples extinção de um pedido de regularização.

Um estrangeiro pode ter iniciado um processo de regularização num país terceiro e depois ter optado por Portugal por questões de emprego ou outras. O processo iniciado é considerado improcedente e a pessoa passa a estar excluída de fazer novos pedidos.

Com a transposição automática desses nomes da base de dados, isso exclui o estrangeiro em causa da candidatura à regularização em território português.

"Enquanto presidente, não interfiro diretamente na instrução dos processos", mas "cabe-me criar condições para que haja uma avaliação técnica e até com um segundo nível para garantir uma uniformidade de entendimento", explicou Pedro Portugal Gaspar.

"Vamos ter que ver agora caso a caso, em termos dessas situações, com este grupo de reavaliação", acrescentou ainda.

No início de maio, dias antes da campanha eleitoral, o Governo anunciou que vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias.

"O Governo foi informado esta semana pela AIMA que está a emitir 4.574 notificações para abandono de território nacional de cidadãos estrangeiros em situação ilegal", afirmou Leitão Amaro, em declarações aos jornalistas, na sede do Governo, em Lisboa.

De acordo com o governante, trata-se do primeiro grupo de imigrantes notificado de um total de 18.000 indeferimentos.

Leitão Amaro alertou ainda que é "o primeiro conjunto de decisões" da AIMA e que ainda há "outros 110 mil processos", referindo que "a maior parte será deferida", mas haverá "provavelmente também mais indeferimentos e mais notificações para abandono do território nacional".

O ministro da Presidência recordou que a maior parte dos processos - dois terços - dizem respeito a imigrantes oriundos do subcontinente indiano.

"Nós estamos muito empenhados, já demos ordens, à articulação, a todas as forças e autoridades para coordenarem a execução. Os portugueses precisam de compreender e sentir e estar confiantes que a política de imigração hoje é regulada. As regras são para cumprir [...] e estas pessoas que estão nesta situação são pessoas que violaram as regras portuguesas e europeias para estarem em território europeu", precisou.

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Chega ganhou por um voto em Beringel

por RTP
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Em Beja existe uma vila onde o Chega ganhou por um voto. Trata-se de Beringel, uma povoação com 1.200 eleitores.

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Grande Entrevista. Miranda Sarmento diz que "era bom" que presença espanhola no setor bancário "não aumentasse"

por RTP
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Na "Grande Entrevista" da RTP3, Joaquim Miranda Sarmento reagiu à notícia do Jornal Económico que dava conta de um interesse por parte do Caixa Bank de avançar com uma oferta para a compra do Novo Banco. O ainda ministro de Estado e das Finanças acredita que não é do interesse do país que o banco português seja comprado por um grupo espanhol. O governante diz que está em causa uma questão de "concentração e dependência" se o negócio avançar. Sobre um possível interesse da Caixa Geral de Depósitos, considera que a decisão será sempre do banco público.

Joaquim Miranda Sarmento começou por justificar que a banca espanhola representa cerca de um terço do %u201Cmercado bancário português%u201D.

%u201CCreio que por uma questão de concentração e de dependência esse valor não devia subir%u201D, considerou o ainda ministro das Finanças.

Segundo Miranda Sarmento, era bom %u201Cpara o mercado bancário português que a presença espanhola (%u2026) não aumentasse%u201D.

Sem pôr em causa as regras do mercado, explicou, que "é do interesse do país que não haja uma excessiva dependência, uma excessiva concentração do nosso sector bancário nas mãos de bancos de um único país como Espanha".

Negando que o Governo "não vê com bons olhos" a venda do Novo Banco, Miranda Sarmento repetiu: "o país não ganha em ter demasiada concentração e dependência no seu setor bancário".

O grupo espanhol já detém o BPI em Portugal e contratou a consultora Deloitte para avaliar as condições da compra. O Novo Banco está avaliado entre 5 mil e 507 mil milhões de euros. O Estado Português detém 25 por cento e o restante capital é do fundo Lone Start.

Questionado sobre as declarações de Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, e se a CGD poderia ser um dos compradores do Novo Banco, Miranda Sarmento afirmou que "a Caixa atua no mercado bancário como qualquer outro banco".

"O que eu sempre disse foi: se a Caixa analisar as condições de mercado e entender que pode fazer uma proposta (%u2026) sobre o Novo Banco terá de apresentar essa proposta ao acionista e o acionista pronunciar-se-á sobre a proposta concreta", esclareceu. E adiantou: "a Caixa é que tem de analisar as condições de mercado".
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"Contra os valores de Abril". Ferro Rodrigues alerta para perigos de revisão constitucional à direita

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Foto: Miguel A. Lopes - Lusa (arquivo)

Em entrevista ao 360, o antigo secretário-geral do PS alertou para a possibilidade de uma revisão constitucional "feita por toda a direita e extrema-direita contra os valores de Abril".

Eduardo Ferro Rodrigues considera que tal revisão constitucional com PSD/CDS, Chega e IL "seria impensável e traria gravíssimas consequências para o país, para a democracia e para o próprio PSD".

"Seria qualquer coisa terrível para os portugueses, para o país, para o estado social", vincou o ex-líder socialista."Uma revisão constitucional feita pela Iniciativa Liberal, PSD/CDS e Chega seria juntar no mesmo copo todos os venenos", acrescentou.

Ferro Rodrigues considerou ainda que PS e PSD devem "deixar o outro" governar "sem necessitar da extrema-direita". E deixa o aviso: "Se a ascensão da extrema-direita continuar, pode ser mesmo preciso formalizar um bloco central", alertou.

Para não dar "mais poder à extrema-direita do que aquele que já tem". Ferro Rodrigues sublinhou ainda a necessidade de distinguir entre "adversários em democracia" e "inimigos da democracia".

Essa solução de bloco central poderá ainda ser necessária "não só por circunstâncias internas mas também por circunstâncias externas" devido à instabilidade global.
Aguiar Branco foi demasiado permissivo? "Não tenho a menor dúvida"

O antigo presidente da Assembleia da República deixou ainda críticas ao atual detentor do cargo, que já afirmou estar disponível para se recandidatar.

“Fizemos o possível porque percebemos que aquilo era um ovo de serpente que podia ter consequências graves caso se disseminasse, para quebrar esse ovo logo no princípio. Não resultou, mas não se pode responsabilizar antigos presidentes da Assembleia da República”, defendeu Ferro Rodrigues sobre a postura que adotou, semelhante à do seu sucessor, Augusto Santos Silva.

Questionado se Aguiar Branco foi demasiado permissivo no cargo, Ferro Rodrigues é perentório: “Não tenho a menor dúvida disso”.

“Acho que ter dado uma possibilidade ao Chega de ultrapassar todos os limites, linguagem, ofensas, calunias, mentiras… Isso é que é grave para a democracia. (…) A própria instituição Parlamento deixa de ser suficientemente respeitada”, vincou.
PS e PSD "não responderam" à campanha "agressiva" do Chega

Eduardo Ferro Rodrigues vê o cenário pós-eleitoral de forma negativa. “O que está a acontecer é algo que também põe em causa o Estado de Direito democrático”, alertou, considerando ainda que o Chega fez uma campanha “agressiva” a que PS e PSD “praticamente não responderam” e preferiram “atacar-se mutuamente”.

Quanto à situação interna do PS, o antigo secretário-geral considera que a perda de votos do PS é “dificilmente explicável” e que o resultado foi “uma derrota enorme” para o partido, mas também para toda a esquerda.

“Tem de se tirar conclusões políticas disso”, acrescentou.
"O mundo não fica à espera do PS"

Ferro Rodrigues considera ainda que a decisão da eleição direta do novo secretário-geral deverá ocorrer “antes do verão”.

“O mundo não fica à espera do PS, o país também não”, afirmou
, dando o exemplo de quando chegou à liderança do partido e teve de trabalhar com as lideranças que vinham do anterior secretário-geral, António Guterres. “Não podia partir para aquelas eleições sem que o PS tivesse um secretário-geral legitimado”, vincou.

Quanto ao possível nome para substituir Pedro Nuno Santos, Eduardo Ferro Rodrigues não prefere nenhum dos candidatos já mencionados nos últimos dias e considera que tanto Mariana Vieira da Silva como Fernando Medina ou José Luís Carneiro “são bons nomes e já deram muito ao país”.

Deixa, por fim, um conselho ao futuro líder do partido: “É fundamental, quando se é secretário-geral do partido querer, gostar, estar empenhado nisso” e haver uma “vontade política e pessoal” para assumir tal cargo.
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"Defesa dos valores democráticos". António Filipe adverte contra anúncio da IL de revisão constitucional

por RTP
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Foto: Gonçalo Costa Martins - Antena 1

O ex-deputado do PCP António Filipe deixou, em entrevista à RTP3, uma crítica ao desempenho de José Pedro Aguiar-Branco na última legislatura na sua função de presidente da Assembleia da República. António Filipe prometeu ainda empenho do partido no combate a uma possível revisão da Constituição entretanto atirada para cima da mesa pela Iniciativa Liberal.

O ex-deputado do PCP criticou Aguiar-Branco no seu papel de PAR, apontando "comportamentos que não prestigiaram a Assembleia da República e que não tiveram do presidente da Assembleia da República a atitude que seria desejável".

Na sua opinião, o social-democrata teve "excessiva permissividade" e deu o exemplo "das faixas colocadas nas janelas [por parte do Chega]" defendendo que "os trabalhos deveriam ter sido interrompidos".

"No lugar dele não teria feito da mesma maneira".

"Sobre a moção de rejeição apresentada ao Governo, António Filipe explica que, ao contrário de outros países, ou nos Açores e na Madeira, o Programa do Governo nunca é votado, pelo que "é importante que haja uma clarificação".

"Saber quem está com o Governo e quem está contra o Governo", sublinha o ex-deputado comunista, defendendo que é importante "para que os portugueses saibam com que apoios e oposição o Governo pode contar" e "esta é a única forma de o fazer".

Sublinhando que "o Governo tem legitimidade para se apresentar a governar e que o PCP sabe que não vai fazer cair o Governo no primeiro dia", António Filipe sublinha que a iniciativa comunista visa unicamente essa clarificação de posicionamento de forças no Parlamento.

"Isso é importante".

Em relação à perda de um deputado pela CDU (PCP mais Verdes), o ex-deputado comunista lembra que "foi por escassas centenas de votos que o PCP não manteve a sua representação de quatro deputados" e promete agora um "trabalho persistente, uma intervenção política determinada do partido".

António Filipe lembra que há muitos anos que o PCP não é maioritário no Alentejo, que era no pós 25 de Abril composto por assalariados agrícolas, alterou agora a sua estrutura sócio-económica. Dizendo que no PCP estão "virados para o futuro, não para o passado (...) e estamos convictos de que é possível trabalhar com as pessoas de agora para elevar a sua consciência social para que tenham outra opção de voto mais positivo para as suas condições de vida".

Quanto ao anúncio da revisão da Constituição feito pela Iniciativa Liberal, António Filipe promete empenho do partido no combate a essa perspectiva, na defesa dos valores do atual texto constitucional e desafia outras forças para essa luta.
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Três detidos. PJ trava venda de peças falsificadas para a TAP

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A Polícia Judiciária deteve três portugueses suspeitos de um esquema envolvendo companhias aéreas. Em causa estava o fornecimento à TAP e a outras companhias aéreas de peças falsas para aviões.

Um dos suspeitos é funcionário da TAP, companhia que denunciou o caso há dois anos.
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"Tráfico de estupefacientes por via aérea". Detidos três suspeitos no Aeroporto de Lisboa

por Carlos Santos Neves - RTP
Paulo Domingos Lourenço - RTP

Uma operação levada a cabo, "nos últimos dias", no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, levou à detenção de três suspeitos de tráfico de droga e à "apreensão de uma quantidade de cocaína suficiente" para "pelo menos 700 mil doses individuais". A investigação, anunciada esta quarta-feira pela Polícia Judiciária, continua em curso.

"A Polícia Judiciária realizou, nos últimos dias, uma operação policial que resultou na detenção de três cidadãos por tráfico de estupefacientes e na apreensão de uma quantidade de cocaína suficiente para a composição de pelo menos 700 mil doses individuais", lê-se em comunicado da Polícia Judiciária.

"A referida droga, em elevado grau de pureza, entrou no Aeroporto de Lisboa a partir de um voo com origem num país sul-americano", indica a polícia de investigação criminal."A investigação prossegue", de acordo com a nota da Polícia Judiciária.

Esta operação foi "dirigida pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, com a colaboração da Autoridade Tributária e Aduaneira".

"Enquadrou-se na atividade que regularmente é exercida visando prevenir e reprimir a introdução de produtos estupefacientes em território nacional através do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa".

"Os arguidos, com idades entre os 23 e 42 anos, foram presentes a primeiro interrogatório judicial", tendo-lhes "sido aplicada a medida de coação prisão preventiva".

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Andriy Portnov. Ex-político ucraniano sob sanções morto a tiro em Madrid

por Cristina Sambado - RTP
Stringer via Reuters

Um homem armado não identificado matou a tiro o ex-político ucraniano Andriy Portnov, na manhã desta quarta-feira, à porta da Escola Americana em Madrid, revelou fonte próxima da investigação policial à Reuters.

A polícia recebeu uma chamada sobre o tiroteio de um cidadão ucraniano às 9h15 (menos uma hora em Portugal), no exterior da escola Americana em Madrid, localizada em Pozuelo de Alarcon, disse a polícia de Madrid à agência, sem identificar a vítima.


Segundo a imprensa espanhola, Andriy Portnov tinha deixado os filhos à porta do estabelecimento de ensino. A Escola Americana de Madrid é um dos estabelecimentos de ensino mais conceituados de Espanha. Segundo os meios de comunicação social locais, o protocolo de segurança da escola foi ativado e ninguém está autorizado a entrar ou sair do edifício.

Fontes policiais disseram ao jornal El Mundo que poderá tratar-se de um ajuste de contas.
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A escola privada, situada a uma curta distância do centro de Madrid, foi fundada no início dos anos 60 e ganhou popularidade tanto pela sua qualidade académica como pela sua exclusividade. O corpo docente é internacional, com apenas 27 por cento dos alunos de nacionalidade espanhola.

Portnov, de 52 anos, foi assessor do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, e estava a ser investigado por corrupção na Ucrânia. Kiev acusa-o de alta traição ao país, pelo suposto papel na invasão russa à região ucraniana da Crimeia.
Victor Yanukovich foi deposto em 2014 na sequência da revolução ucraniana, também apelidada de “Revolução da Dignidade” que teve início em Kiev, a partir de violentas manifestações de protesto.
Andriy Portnov tem ainda um histórico de peculato e pode estar ligado ao crime organizado. O ex-assessor foi investigado por desvio de fundos do Estado e violações de direitos humanos. Foi absolvido das acusações, mas foi investigado pelos serviços secretos ucranianos pela sua afinidade com o regime de Moscovo.

Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, houve vários crimes envolvendo russos e ucranianos de alto nível em Espanha, que tem uma população significativa de expatriados de ambos os países.

Em novembro e dezembro de 2022, seis cartas-bomba foram enviadas para alvos de alto perfil em Espanha, incluindo o chefe do governo espanhol Pedro Sánchez, a Embaixada da Ucrânia em Madrid, gabinetes governamentais, uma empresa de satélites da União Europeia e a Embaixada dos EUA.

Um funcionário público espanhol reformado de 76 anos, cujas pesquisas nas redes sociais sugeriam simpatia pela Rússia, foi preso pelos crimes.

Em abril de 2022, um empresário russo ligado à empresa russa de gás Novatek foi encontrado morto num aparente suicídio, juntamente com a mulher e a filha, que tinham sido esfaqueadas.

Em fevereiro de 2024, um piloto russo que desertou para a Ucrânia com o seu helicóptero foi encontrado morto com vários ferimentos de bala na garagem do seu bloco de apartamentos perto de Alicante.

c/ agências
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