Diretor-geral das Florestas e Fauna da Guiné-Bissau detido por suspeita de corrupção

por Lusa

O diretor-geral das Florestas e Fauna da Guiné-Bissau, Leonel Mané, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) e deverá ser presente, na quinta-feira, para audições no Ministério Público, disse hoje à Lusa fonte da corporação policial.

De acordo com a fonte da PJ, Leonel Mané foi detido, na terça-feira, na sequência de um inquérito aberto mediante uma denúncia de que, alegadamente, teria autorizado ilegalmente o derrube de árvores para extração da madeira.

A lei florestal guineense proíbe o abate de árvores em certas zonas da Guiné-Bissau e, de vez em quando, surgem relatos da população em como a ordem é desrespeitada "com a conivência das autoridades".

A fonte avançou ainda que a PJ suspeita que a autorização do diretor-geral das Florestas e Fauna foi dada "de forma fraudulenta".

Na mesma operação, também, foram detidos o contabilista da direção-geral das Florestas e Fauna, João Malaca Quindoco, e um exator (controlador de contas) que o Ministério das Finanças colocou no Ministério da Agricultura, Baba Baio.

Um porta-voz do Partido dos Trabalhadores da Guiné (PTG), a que pertence Leonel Mané, considerou a detenção do diretor-geral das Florestas e Fauna de "pura perseguição ao partido", liderado pelo deputado e antigo ministro do Interior e da Agricultura, Botche Candé.

"Sabemos claramente que a detenção, esta humilhação do nosso diretor-geral é apenas uma estratégia para atingir o presidente do nosso partido, mas não vamos permitir isso", observou o porta-voz do PTG.

Este partido, que tem seis dos 102 deputados ao parlamento, faz parte da coligação que governa a Guiné-Bissau atualmente, detendo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e a secretária de Estado das Comunidades.

 

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