A taxa de desemprego ficou em 2023 acima da média nacional de 6,5% na Península de Setúbal (8,3%), Norte (7,0%) e Grande Lisboa (6,8%), registando o Centro a taxa mais baixa (5,3%), segundo o INE.
Segundo as "Estatística do Emprego" relativas a 2023 divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em relação a 2022, a taxa de desemprego aumentou entre 0,1 pontos percentuais (Grande Lisboa) e 1,2 pontos percentuais (Alentejo) em cinco regiões, tendo diminuído entre 0,3 pontos percentuais (Algarve) e 1,1 pontos percentuais (Região Autónoma da Madeira) nas restantes quatro regiões.
No ano passado, a taxa de desemprego a nível nacional situou-se em 6,5%, 0,4 pontos percentuais acima do ano anterior e a segunda taxa anual mais baixa desde 2011, a seguir à de 2022 (6,1%).
De acordo com o INE, no ano passado, a média anual da população desempregada foi de 346,6 mil pessoas, tendo aumentado 8,6% (27,5 mil) em relação ao ano anterior e "interrompendo a série, iniciada em 2014 e só pontualmente quebrada em 2020, de taxas de variação anual negativas".
Já a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos) situou-se em 20,3% em 2023, mais 1,2 pontos percentuais do que no ano anterior, enquanto a proporção de desempregados de longa duração (há 12 ou mais meses) foi estimada em 37,7%, menos 7,4 pontos percentuais do que em 2022.
Do total de desempregados de longa duração, 62,6% encontravam-se nesta situação há 24 ou mais meses.
Já a taxa de inatividade foi de 39,9%, menos 1,1 pontos percentuais em relação a 2022 e a taxa mais baixa desde 2011.
O instituto estatístico detalha que, para a variação anual da população desempregada no ano passado contribuíram, principalmente, os acréscimos nos segmentos populacionais dos homens (16,8 mil; 11,4%); pessoas dos 16 aos 24 anos (12,4 mil; 18,8%); com ensino secundário ou pós-secundário (15,5 mil; 13,7%); à procura de novo emprego (22,8 mil; 8,4%); e desempregadas há menos de 12 meses (40,8 mil; 23,3%).