O valor total ainda está longe de ser apurado, mas o Governo espanhol já aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações, anunciou Pedro Sánchez, o primeiro-ministro espanhol. Numa altura em que já foram registados 46 mil pedidos de indemnização pelos segurados, um nível "sem precedentes" reconheceu o ministro da Economia.
O chefe do Governo espanhol também anunciou que vai ser ativado o fundo de solidariedade da União Europeia e no terreno estão já perto de 15 mil militares e elementos das forças de segurança do Estado. Ainda assim, Pedro Sánchez admite que permanecem "carências severas" entre a população e "desaparecidos por localizar".
O custo também vai ser um desafio para as seguradoras perante escombros do que já foram prédios, milhares de carros totalmente destruídos ou danificados e muitas empresas que correm o risco de falir perante a violência da destruição, especialmente no setor agrícola. Há também muitas infraestruturas, rodoviárias e ferroviárias, que têm que ser reconstruídas.
Em Espanha, as seguradoras dependem, em caso de catástrofe natural, de um fundo de garantia comum, financiado por uma parte retirada das apólices de seguro convencionais. Um sistema que permite distribuir a gestão de riscos por todo o setor. Em declarações à France Press, Mirenchu del Valle, o presidente da federação de seguradoras Unespa, acredita que perante as “imagens de desolação total (…) vamos enfrentar a maior tragédia em Espanha provocado por um desastre climático”.
Já o diretor do Consórcio de Compensação de Seguros (CCS), uma organização público-privada responsável pelo pagamento de indemnizações em caso de desastre natural, defende que “ainda é muito cedo para fazer estimativas”. À AFP, Celedonio Villamayor reconhece que “em termos económicos”, esta catástrofe “terá certamente um custo muito elevado”.
Já o diretor do Consórcio de Compensação de Seguros (CCS), uma organização público-privada responsável pelo pagamento de indemnizações em caso de desastre natural, defende que “ainda é muito cedo para fazer estimativas”. À AFP, Celedonio Villamayor reconhece que “em termos económicos”, esta catástrofe “terá certamente um custo muito elevado”.
No entanto, transmite “uma mensagem de tranquilidade no que diz respeito às indemnizações e indemnizações relacionadas com os danos”.
Num exercício de comparação, o custo das inundações de julho de 2021 na Europa Ocidental (Alemanha, Bélgica, França, Áustria, Países Baixos), que causaram mais de 200 mortes, atingiu quase 40 mil milhões de euros, segundo a seguradora suíça Re (a maior companhia de seguros do mundo).
Num exercício de comparação, o custo das inundações de julho de 2021 na Europa Ocidental (Alemanha, Bélgica, França, Áustria, Países Baixos), que causaram mais de 200 mortes, atingiu quase 40 mil milhões de euros, segundo a seguradora suíça Re (a maior companhia de seguros do mundo).
O governo regional de Valência anunciou 250 milhões de euros de ajuda e medidas de apoio às empresas. Na segunda-feira à noite, o Ministério dos Transportes estimou em 2,6 mil milhões de euros os “investimentos necessários” para restaurar a rede de transportes.
No entanto, a maior parte da conta deverá recair sobre o setor segurador que terá de compensar empresas e particulares.