Crise no Mar Vermelho vai trazer danos inevitáveis à economia portuguesa

por Antena 1

Foto: Nuno Tavares - RTP

O presidente da Administração do Porto de Sines alerta para os efeitos económicos que advêm da crise existente no Mar Vermelho.

O facto de muitos navios evitarem agora a travessia deste local, devido aos ataques dos rebeldes Houthis, está a provocar atrasos no transporte de mercadorias.

José Luís Cacho antevê quebras nas importações e exportações, com impacto económico para o país.

Por causa do novo trajeto marítimo dos navios, os contentores levam mais duas a três semanas a chegar ao destino.

José Luís Cacho diz que o porto que pode sofrer mais com a situação no mar vermelho será precisamente o Porto de Sines.

Para já, o presidente da administração esclarece que tem sido possível reajustar a operação neste porto marítimo.

No entanto, se a insegurança no Mar Vermelho se mantiver, José Luís Cacho estima que exista uma quebra na troca de mercadorias com a Ásia e com o Médio Oriente na ordem dos 20 por cento.

Ainda assim, José Luís Cacho diz que há um certo aproveitamento na questão do preço dos contentores.
Os custos, diz, não justificam certos aumentos que se estão a verificar. É normal. É o mercado a funcionar.

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