O euro assinala a 1 de janeiro nove anos de existência física com a entrada de mais um país para o "clube". A Estónia eleva para 17 os membros da Zona Euro, numa altura em que a moeda única enfrenta a maior crise da sua existência. Apesar das declarações tranquilizadoras, os mercados continuam a questionar até onde irá o empenho dos líderes europeus para defender a moeda comum.
No final de um ano em que a Grécia e a Irlanda tiveram de pedir ajuda aos restantes parceiros da Zona Euro para evitarem o colapso das contas publicas, o Centro para as Ciências Económicas e Investigação de Negócios (CEBR), divulgava um estudo em que estimava que a probabilidade da Zona Euro existir nos moldes atuais dentro de uma década é de apenas 20 por cento.
O calculo pessimista deve-se, segundo o CEBR, à incapacidade dos Governos em tomarem medidas para contrabalançar os desequilíbrios.
Citado pela agência Bloomberg, o CEBR considera igualmente a possibilidade de ocorrer na Zona Euro uma nova crise da dívida na primavera, quando a Espanha e a Itália tiverem de se financiar em mais de 400 mil milhões de euros.
"O euro poderá cair nesse momento”, adverte o especialista do CERB, Douglas McWilliams, que no entanto admite que “os políticos europeus são, normalmente, capazes de enfrentar uma crise".
Numa nota divulgada por email, McWilliams prevê que, se o euro não chegar a desintegrar-se em 2011, “poderá enfraquecer substancialmente no sentido de uma paridade com o dólar".
Juncker:”Euro é a moeda mais sólida do Mundo “ O estudo aparece no mesmo dia em que, numa entrevista, o presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que o euro "é a moeda mais sólida do mundo".
“ Nós não estamos a enfrentar uma crise do euro, mas sim uma crise da dívida [soberana] em nações individuais da zona euro", disse Juncker , sublinhando que "a existência do euro e a sua essência não estão em risco".
"Temos de lutar contra a crise da dívida na zona euro", disse o líder do eurogrupo e atual primeiro-ministro do Luxemburgo, afirmando não ser possível acumular montanhas de défice e de dívida. “Temos de consolidar as finanças públicas", disse, só nessa altura é que pode haver "crescimento livre de inflação e criação de empregos”.
"Ninguém precisa de estar preocupado com o euro", reforçou Juncker.
Merkel:Euro é “a base da prosperidade” alemã Também Angela Merkel procurou dar uma nota positiva sobre o futuro da moeda única. Na sua mensagem de ano novo, a chanceler dos alemães disse que a Europa está a lidar com um grande desafio, e tem de fortalecer o euro, ao mesmo tempo que celebrou a recuperação da crise económica por parte da Alemanha.
Na mensagem difundida pela TV, Merkel disse que 2010 “foi um bom ano para a Alemanha” com a descida do desemprego e o o crescimento da economia, impulsionada pelas exportações.
“A Alemanha dominou a crise melhor do que qualquer outro país” afirmou a chefe do Governo germânico, “conseguimos aquilo a que nos propusemos, e até emergimos fortalecidos da crise”, disse.
Merkel avisou no entanto que “teremos de provar as nossas forças também no futuro”, sublinhando que “a Europa está a braços com um grande desafio”. “Temos de fortalecer o euro”, disse “Não se trata apenas de dinheiro, o euro é muito mais do que uma moeda”.
“A Europa Unida é a garantia da nossa paz e liberdade; o euro é a base da nossa prosperidade”, acrescentou a chanceler alemã. “A Alemanha precisa da Europa e da nossa moeda comum”.
Angela Merkel terá assim tentado responder às críticas de todos quantos têm acusado o Governo alemão de, por razões de política doméstica, estar “a adoptar uma linha dura” em relação à crise, ao recusar um aumento do valor do atual Fundo Europeu de Resgate e a criação de “euro-bonds (títulos de dívida pan-europeus).
Os líderes dos 16 países que usam a moeda única, que serão 17 a partir de janeiro, com a entrada da Estónia, concordaram no princípio deste mês alterar os tratados para criar um mecanismo permanente de combate à crise a partir de 2013, data em que expira o atual fundo de 750 mil milhões de euros. Os pormenores deste mecanismo ainda não foram acordados.
O calculo pessimista deve-se, segundo o CEBR, à incapacidade dos Governos em tomarem medidas para contrabalançar os desequilíbrios.
Citado pela agência Bloomberg, o CEBR considera igualmente a possibilidade de ocorrer na Zona Euro uma nova crise da dívida na primavera, quando a Espanha e a Itália tiverem de se financiar em mais de 400 mil milhões de euros.
"O euro poderá cair nesse momento”, adverte o especialista do CERB, Douglas McWilliams, que no entanto admite que “os políticos europeus são, normalmente, capazes de enfrentar uma crise".
Numa nota divulgada por email, McWilliams prevê que, se o euro não chegar a desintegrar-se em 2011, “poderá enfraquecer substancialmente no sentido de uma paridade com o dólar".
Juncker:”Euro é a moeda mais sólida do Mundo “ O estudo aparece no mesmo dia em que, numa entrevista, o presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que o euro "é a moeda mais sólida do mundo".
“ Nós não estamos a enfrentar uma crise do euro, mas sim uma crise da dívida [soberana] em nações individuais da zona euro", disse Juncker , sublinhando que "a existência do euro e a sua essência não estão em risco".
"Temos de lutar contra a crise da dívida na zona euro", disse o líder do eurogrupo e atual primeiro-ministro do Luxemburgo, afirmando não ser possível acumular montanhas de défice e de dívida. “Temos de consolidar as finanças públicas", disse, só nessa altura é que pode haver "crescimento livre de inflação e criação de empregos”.
"Ninguém precisa de estar preocupado com o euro", reforçou Juncker.
Merkel:Euro é “a base da prosperidade” alemã Também Angela Merkel procurou dar uma nota positiva sobre o futuro da moeda única. Na sua mensagem de ano novo, a chanceler dos alemães disse que a Europa está a lidar com um grande desafio, e tem de fortalecer o euro, ao mesmo tempo que celebrou a recuperação da crise económica por parte da Alemanha.
Na mensagem difundida pela TV, Merkel disse que 2010 “foi um bom ano para a Alemanha” com a descida do desemprego e o o crescimento da economia, impulsionada pelas exportações.
“A Alemanha dominou a crise melhor do que qualquer outro país” afirmou a chefe do Governo germânico, “conseguimos aquilo a que nos propusemos, e até emergimos fortalecidos da crise”, disse.
Merkel avisou no entanto que “teremos de provar as nossas forças também no futuro”, sublinhando que “a Europa está a braços com um grande desafio”. “Temos de fortalecer o euro”, disse “Não se trata apenas de dinheiro, o euro é muito mais do que uma moeda”.
“A Europa Unida é a garantia da nossa paz e liberdade; o euro é a base da nossa prosperidade”, acrescentou a chanceler alemã. “A Alemanha precisa da Europa e da nossa moeda comum”.
Angela Merkel terá assim tentado responder às críticas de todos quantos têm acusado o Governo alemão de, por razões de política doméstica, estar “a adoptar uma linha dura” em relação à crise, ao recusar um aumento do valor do atual Fundo Europeu de Resgate e a criação de “euro-bonds (títulos de dívida pan-europeus).
Os líderes dos 16 países que usam a moeda única, que serão 17 a partir de janeiro, com a entrada da Estónia, concordaram no princípio deste mês alterar os tratados para criar um mecanismo permanente de combate à crise a partir de 2013, data em que expira o atual fundo de 750 mil milhões de euros. Os pormenores deste mecanismo ainda não foram acordados.