O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje que nos encontros do Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça, transmitiu "a boa mensagem" de que Portugal é um local seguro para o investimento num momento de "grande incerteza a nível global".
Em entrevista à agência Lusa durante a participação no Fórum Económico Mundial, no âmbito do qual manteve várias reuniões bilaterais, Costa sublinhou os êxitos alcançados pelo país, não só em matéria de défice das contas públicas, como também em matéria de emprego e crescimento económico.
O chefe do executivo português disse ter transmitido nos encontros que o país alcançou "o défice mais baixo da democracia, claramente abaixo do limite que foi fixado pela União Europeia", assinalando também que a evolução positiva do emprego e o crescimento da economia são "uma boa mensagem a transmitir aos parceiros da UE, à OCDE, ao FMI, aos mercados e às empresas que pensam investir".
"Neste momento de grande incerteza a nível global, com o Brexit, com a viragem política nos Estados Unidos, há muita gente que procura locais seguros como Portugal para poderem olhar para o futuro das suas economias", acentuou.
Para o primeiro-ministro, uma cimeira como a de Davos "é muito importante porque há vários acontecimentos que se vão realizando ao mesmo tempo", mas é "sobretudo uma grande oportunidade de num dia" se conseguirem fazer muitos contactos "que implicariam muitas vezes semanas para se conseguir estabelecer".
Na opinião de Costa, esta é uma "oportunidade que vale a pena aproveitar". Deslocaram-se por isso a Davos não só chefe do executivo, como o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
O chefe do Governo não perdeu um minuto ao longo do dia de hoje, mantendo várias reuniões bilaterais, por exemplo, com a diretora-geral do FMI, fez intervenções em diferentes sessões, participou num almoço e hoje à noite junta-se ao restante elenco governativo para um jantar com portugueses.
Nos corredores do fórum teve tempo ainda para cumprimentar e falar com o comissário europeu Carlos Moedas ou com o ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz, para além dos muitos portugueses que estavam em Davos a trabalhar na cimeira.
Estes não foram os únicos nomes portugueses que compuseram o elenco deste fórum mundial, que começou na terça e termina na sexta-feira, que recebeu ainda o secretário-geral da ONU, António Guterres, o comissário europeu Carlos Moedas e banqueiro Horta Osório.