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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Corte nas exportações russas terá reflexos no mundo

por Antena 1

EPA

O reconhecimento russo da independência de regiões separatistas da Ucrânia está a desencadear um conjunto de sanções por parte dos Estados Unidos e da União Europeia. Mas o contrário também pode verificar-se: o fim das exportações de carne e petróleo do mercado russo, que servem os interesses mundiais.

Cortes bilaterais que já se fazem sentir e vão causar fortes impactos nos mercados financeiros. Pedro Sousa Carvalho, comentador de Economia da Antena 1, alerta para as consequências de uma escalada do conflito na economia real. Exemplo disso são já as bolsas europeias a registar quedas diárias.

Lisboa e Berlim desvalorizam dois por cento. Londres, Paris e Madrid registam perdas superiores a um por cento. E um cenário idêntico surge na ásia. Já a bolsa russa voltou a abrir em terreno negativo.

Caso a crise continue, o barril de petróleo pode chegar aos 150 dólares, com forte implicações nos preços finais ao consumidor e no sector dos transportes. Mas o caso do gás natural pode ser ainda mais grave, uma vez que 35 por cento das importações da Europa vêm da Rússia.

O comentador de Economia da Antena 1 lembra que os russos nunca fecharam a torneira para a Europa, nem durante a Guerra Fria, e destaca que há formas de minimizar a dependência da Rússia.
Mesmo com estas alternativas, Pedro Sousa Carvalho considera inevitável um aumento dos preços.

Esta terça-feira há uma cimeira do Fórum dos Países Exportadores de Gás, que querem aumentar a produção.
Pedro Sousa Carvalho lembra que “não existem almoços grátis”.
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