Foto: Antena1
O presidente da AEP - Associação Empresarial de Portugal - não descarta o risco de recessão da economia e adianta que há um sério risco de Portugal não conseguir executar o PRR.
Sendo certo que, segundo o presidente da AEP, "o dinheiro só, não chega. E as empresas estão em dificuldades e não têm capacidade de resposta, porque não há matéria prima, não há recursos humanos e os custos aumentam todos os dias, obrigando a alterações sucessivas dos orçamentos. Neste sentido, adianta que sendo o investimento do PRR sobretudo em infraestruturas, há o risco de não conseguir executá-lo. E há empresas que estão em situação muito frágil e que podem encerrar.
Face a esta situação, Luís Miguel Ribeiro considera que o governo não pode deixar de não reduzir o imposto sobre os produtos petrolíferos no próximo orçamento do Estado, nem que seja de forma temporária.
Relativamente à invasão da Ucrânia pela Rússia, e aos efeitos para as empresas portuguesas, o presidente da AEP considera que esses efeitos vão sentir-se mais pelas consequências na Europa no seu todo, e pelas relações comerciais de Portugal com esses países europeus. Em todo o caso, o presidente da AEP considera que as empresas não terão alternativa que não seja fazer refletir os custos no consumidor final.
Entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Hugo Neutel do Jornal de Negócios.