Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal prosseguem esta terça-feira uma greve ao trabalho suplementar, depois de dois dias de paralisação total. Os sindicatos admitem avançar com novas greves em 2023.
As estruturas sindicais que convocarm a ação de luta nas duas empresas reivindicam a “atribuição de um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022”, a “atualização do subsídio de alimentação” e o “fim da discriminação entre trabalhadores”.
Até ao início da noite de segunda-feira - segunda e última jornada de uma greve que perfez 48 horas - foram suprimidos 726 comboios, a maioria urbanos de Lisboa e regionais e inter-regionais, de acordo com dados da CP citados pela agência Lusa. "Circularam 240 comboios. Estavam programados 966, foram suprimidos 726", adiantou a empresa ferroviária.
No conjunto dos comboios suprimidos, 43 eram de longo curso, 194 regionais e inter-regionais, 353 urbanos de Lisboa e 136 urbanos do Porto.
A plataforma que convocou as ações de luta é composta pela ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, pela ASSIFECO - Associação Sindical Independente, pelo FENTCOP - Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, SINDEFER - Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, SINFB - Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, SIOFA - Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e pelo STF - Sindicato dos Transportes Ferroviários.
Os sindicatos fizeram ontem saber que admitem avançar com mais períodos de greve no próximo ano. O pré-aviso previa uma paralisação de 24 horas para os dias 23 e 26 de dezembro e a greve ao trabalho suplementar. Ficaram definidos serviços mínimos de 25 por cento dos comboios.
c/ Lusa
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