A escolha do local estará a cargo de uma Comissão Técnica Independente que vai fazer a avaliação ambiental estratégica. A Comissão vai ser dividida em seis equipas que vão produzir seis relatórios que vão desde o ambiente à economia e pode avaliar mais localizações do que as já conhecidas.
O trabalho deverá concluído dentro de um ano.
Há uma semana, Governo e PSD chegaram a acordo quanto à metodologia para avançar com a solução aeroportuária para a região de Lisboa, que passa por uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), com conclusões até final de 2023.
O Conselho de Ministros vai aprovar uma proposta de lei para alterar o poder dos municípios sobre aeródromos de interesse nacional.
Em entrevista à RTP3, Pedro Nuno Santos afirmou que a comissão técnica independente vai poder "incluir, se o entender, outras localizações na avaliação ambiental estratégica", além das "que se conhecem".
De acordo com o governante, essa possibilidade "é conferida" à comissão técnica independente.
"O país já estudou 17 localizações ao longo de cinco décadas e vamos agora introduzir mais uma", realçou o ministro das Infraestruturas, lembrando que "todo o trabalho que foi feito antes ao longo dos últimos anos será também utilizado". “É trabalho feito, deve ser utilizado”, reforça. Estima-se terem sido gastos cerca de 70 milhões de euros em estudos para a localização do novo aeroporto. Pedro Nuno Santos escusou-se a comentar o investimento que será feito para a nova análise, dizendo apenas que "serão dadas as condições necessárias para que a comissão técnica faça bem o seu trabalho".
O ministro garante que é necessário um novo aeroporto, argumentando que o aeroporto Humberto Delgado tem a capacidade esgotada. Mesmo com obras, a infraestrutura não vai conseguir aumentar a capacidade. “Infelizmente, temos uma infraestrutura que está efetivamente esgotada e no limite”, alerta o ministro na entrevista à RTP.