Os profissionais reunidos no Congresso dos Jornalistas, em Lisboa, aprovaram este domingo, por unanimidade, uma greve geral, mandatando o Sindicato dos Jornalistas para marcar uma data.
A moção a propor a greve geral foi aprovada já perto do cair do pano sobre o 5.º Congresso dos Jornalistas. A decisão colheu aplausos.
O jornalista Pedro Coelho, presidente da comissão organizadora do Congresso, assinalou que a última greve geral de jornalistas ocorreu em 1982.
"É um sinal complexo. É uma bomba atómica. Ninguém convoca uma greve geral de ânimo leve. Ninguém tem esse propósito. Isto não é uma coisa disparatada, é uma coisa muito pensada, muito refletida. Nós discutimos muito ao longo destes quatro dias. Já não fazíamos há sete anos. Fizemo-lo agora com grande empenho, com grande vontade, diria até mais com a razão do que com o coração", apontou o responsável.
A crise do grupo Global Media dominou boa parte dos trabalhos, num contexto de crise do jornalismo com uma degradação generalizada e transversal das condições de trabalho, a somar aos problemas de financiamento dos órgãos de informação.
O Congresso dos Jornalistas realizou-se entre quinta-feira e domingo no Cinema São Jorge, em Lisboa, onde estiveram cerca de 800 congressistas.
c/ Lusa