A Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira uma estratégia para a União Europeia (UE) ultrapassar os Estados Unidos e a China, prevendo um “esforço sem precedentes” na redução da burocracia, que impede o investimento, e um novo Fundo Europeu para Competitividade.
Um rascunho da comunicação que será apresentada, a que a agência Lusa teve acesso, destaca que, para “restaurar a competitividade europeia” face aos principais concorrentes como Estados Unidos e China, a UE tem de “ir muito mais longe do que antes na redução da burocracia”, o que implica que “todas as instituições, nacionais e locais, devem fazer um esforço sem precedentes para simplificar as regras e acelerar a velocidade dos procedimentos administrativos”.
No que toca ao financiamento, assinala-se na comunicação que “o próximo Quadro Financeiro Plurianual será uma oportunidade para ir mais longe e repensar a estrutura e a afetação do orçamento da UE em apoio das prioridades de competitividade”, sugerindo-se “um novo Fundo Europeu para a Competitividade” para juntar apoios nas áreas da Inteligência Artificial, espaço, biotecnologias e outras indústrias transformadoras estratégicas, bem como um novo instrumento de coordenação.
Estima-se que a UE tenha de investir 800 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), para colmatar falhas no investimento e atrasos em termos industriais, tecnológicos e de defesa em comparação a Washington e Pequim.