Comissão Europeia enfrenta concorrência dos EUA e China

por Lusa
A UE procura enfrentar o poderio dos EUA e China Olivier Matthys - EPA

A Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira uma estratégia para a União Europeia (UE) ultrapassar os Estados Unidos e a China, prevendo um “esforço sem precedentes” na redução da burocracia, que impede o investimento, e um novo Fundo Europeu para Competitividade.

As medidas constam da esperada comunicação sobre “Uma bússola da competitividade para a UE”, estratégia que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que iria enquadrar o trabalho do seu segundo mandato à frente do executivo comunitário nestes próximos cinco anos, com foco na inovação, descarbonização e segurança.

Um rascunho da comunicação que será apresentada, a que a agência Lusa teve acesso, destaca que, para “restaurar a competitividade europeia” face aos principais concorrentes como Estados Unidos e China, a UE tem de “ir muito mais longe do que antes na redução da burocracia”, o que implica que “todas as instituições, nacionais e locais, devem fazer um esforço sem precedentes para simplificar as regras e acelerar a velocidade dos procedimentos administrativos”.

No que toca ao financiamento, assinala-se na comunicação que “o próximo Quadro Financeiro Plurianual será uma oportunidade para ir mais longe e repensar a estrutura e a afetação do orçamento da UE em apoio das prioridades de competitividade”, sugerindo-se “um novo Fundo Europeu para a Competitividade” para juntar apoios nas áreas da Inteligência Artificial, espaço, biotecnologias e outras indústrias transformadoras estratégicas, bem como um novo instrumento de coordenação.

Estima-se que a UE tenha de investir 800 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), para colmatar falhas no investimento e atrasos em termos industriais, tecnológicos e de defesa em comparação a Washington e Pequim.
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