Esta semana os preços dos combustíveis voltam aos valores pré-guerra, com uma redução prevista de 5 cêntimos por litro no gasóleo simples e de 4,5 cêntimos na gasolina. A descida dos preços acontece há seis semanas e, esta segunda-feira, volta a ficar abaixo dos valores praticados antes da invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro.
De acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o gasóleo deverá passar a custar 1,651 euros por litros, o que significa que tem uma descida total na ordem dos 30 cêntimos, considerando os valores praticados no último mês. Além disso, fica abaixo dos valores pré-guerra, visto que a 21 de fevereiro estava nos 1,656 euros por litro.
Já a gasolina deve chegar aos 1,658 euros por litro, o que representa a uma redução global de 17,7 cêntimos, no último mês. Este valor também é inferior aos praticados antes do conflito na Ucrânia, já que em fevereiro era de 1,813 euros por litro.
No início do ano de 2022, a gasolina estava a 1,693 euros. Ou seja, estava mais cara do que os valores desta semana. Por sua vez, o gasóleo estará 13,8 cêntimos mais caro do que em janeiro.
A descida das últimas semanas no preço dos combustíveis espelha a evolução em baixa dos preços dos refinados nos mercados internacionais, além da queda do Brent – o petróleo do mar do Norte – que na sexta-feira fechou nos 84,03 dólares por barril, uma descida de 4,1 por cento em termos semanais, devido à menor procura na China que enfrenta novo aumento de casos de covid-19 e bloqueios de combate à pandemia.
Esta descida explica-se, portanto, com a descida da matéria-prima nos mercados internacionais e ainda a valorização do euro face ao dólar. Contudo, os preços podem variar consoante o posto de abastecimento, a marca e a região do país.
É de referir ainda que, apesar desta descida, que os dados da Comissão Europeia revelam que Portugal tem a 13ª gasolina mais cara da União Europeia, mantendo-se o gasóleo na 22ª posição do ranking europeu. Ainda assim, o preço do gasóleo como da gasolina 95 em Portugal está abaixo da média europeia, estabelecida em 1,851 e 1,729, respetivamente.
A contribuir para o preço dos combustíveis está o conjunto de medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo Governo português, como a redução do ISP (equivalente a uma redução do IVA de 23 por cento e 13 por cento), a devolução do adicional do IVA e a suspensão da taxa de carbono. O que equivale a uma diminuição da carga fiscal de 32,1 cêntimos por litro no gasóleo e de 27,6 cêntimos por litro na gasolina.