A Coindu que há 20 anos se dedica ao fabrico de assentos e outros componentes para automóveis, tem duas fábricas, uma em Famalicão e outra em Arcos de Valdevez, e emprega 1700 trabalhadores, 400 dos quais vão agora para o desemprego.

Dos 1700 funcionários, cerca de 600 trabalham na fábrica de Arcos de Valdevez, enquanto os restantes trabalham em Vila Nova de Famalicão.

A maior empresa têxtil portuguesa tem sede em Joane, Vila Nova de Famalicão, e em Janeiro de 2001 abriu uma nova fábrica em Arcos de Valdevez. A Coindu detém ainda uma terceira fábrica na Roménia.

Francisco Vieira, coordenador do Sindicato Têxtil do Norte, revelou que o despedimento colectivo foi comunicado aos trabalhadores na Quinta-feira Santa (dia 9 de Abril), sendo a justificação "uma profunda quebra de receitas resultante da crise internacional".

Segundo Francisco Vieira, "na comunicação e fundamentação enviada aos trabalhadores a empresa dá sinais de que se o mercado melhorar poderá voltar a chamá-los".

Na comunicação oficial de despedimento a Coindu refere "que este é o momento mais doloroso vivido ao longo dos 20 anos de existência da empresa".

Yazaki Saltano entre hoje em lay-off

Em Ovar, a Yazaki Saltano vai reduzir temporariamente, a partir de hoje, o horário de trabalho de 786 dos 1340 trabalhadores. Os 786 trabalhadores ficam a casa por seis meses com menos um terço do salário.

A multinacional japonesa de componentes eléctricos garante que a redução do horário de trabalho vai durar até Setembro deste ano. A quebra de encomendas devido à crise internacional na indústria automóvel é uma das justificações dadas para a medida.

Os trabalhadores, que foram informados da decisão da empresa na passada quinta-feira (9 de Abril), decidiram marcar para a próxima sexta-feira uma concentração à porta da fábrica em Ovar.

A Yazaki Saltano, que se assume como líder mundial no fabrico de componentes eléctricos para automóveis, dispensou em Abril de 2008, quatrocentos trabalhadores da fábrica de Serzedo, em Vila Nova de Gaia.

Já no final de Agosto de 2008, a empresa avançou com um despedimento colectivo que atingiu 312 operários da fábrica de Ovar.

A multinacional nipónica está em Portugal, há mais de 20 anos, desde 1986 e já empregou mais de 2500 trabalhadores.