Lisboa, 06 set (Lusa) -- A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende que o ordenamento florestal determina, maioritariamente, a extensão e violência dos incêndios.
"A causa construída no terreno mais determinante para a extensão e violência dos incêndios é o ordenamento florestal lá instalado de forma, verdadeiramente, incendiária", refere.
A CNA defende que é necessário impedir o plantio de eucaliptais em regime monocultural intensivo e fomentar o aumento de apoios públicos, técnicos e financeiros, destinados às pequenas e médias explorações florestais.
"É necessário implantar no terreno um correto ordenamento florestal que, nomeadamente impeça o plantio de eucaliptais em regime monocultural intensivo e em contínuo" e "dirigir apoios públicos - técnicos e financeiros - para as pequenas e médias explorações florestais", conclui.
Na passada terça-feira, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicou que, este ano, a área ardida de floresta e mato em Portugal, fixou-se em 214 mil hectares, o equivalente a um aumento de 234% face à média anual dos últimos dez anos.