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Cinco Sábios advertem que economia alemã continua a ser afetada por crise energética

por Lusa

Os "cinco sábios" advertiram hoje que "o atual desenvolvimento económico da Alemanha continua a ser afetado pela crise energética e pela queda dos rendimentos reais", apontando os desafios que travam o crescimento económico a longo prazo e pedindo reformas.

A médio prazo, "o crescimento é travado principalmente pelo envelhecimento demográfico, pelo baixo crescimento da produtividade, pelo `stock` de capital obsoleto da indústria e pelo baixo número de empresas jovens e inovadoras", afirmou Monika Schnitzer, presidente dos "cinco sábios", conselho assessor de economistas do Governo alemão.

"É por isso que o nosso relatório anual deste ano se intitula `Ultrapassar o fraco crescimento, investir no futuro`", afirmou, entregando o documento ao Chanceler alemão, Olaf Scholz.

Em quatro capítulos, o relatório analisa o crescimento a médio prazo, a importância do financiamento do mercado de capitais e a necessidade de reformas rápidas do sistema fiscal e de transferências e do sistema de pensões, afirmou.

Por último, o documento aborda a necessidade de uma boa infraestrutura de dados alemã, de acordo com as necessidades do século XXI, um pré-requisito para uma análise baseada em factos e aconselhamento político, acrescentou.

Scholz congratulou-se com o facto de os "cinco sábios" terem avaliado como positivas e bem sucedidas as recentes decisões económicas do Governo para fazer face à crise energética, em particular.

No que se refere aos investimentos no país, reconheceu a necessidade de acelerar o ritmo dos processos de aprovação e planeamento e referiu a sua proposta de um "pacto para a Alemanha", que aborda esta questão, e o acordo alcançado esta semana com os governos dos 16 Länder para implementar as medidas necessárias.

Sublinhou a importância de retomar o caminho e fazer avançar os processos de crescimento para voltar a ter uma economia em crescimento até 2024, para o que, acrescentou, um dos grandes desafios é gerar investimentos, tanto privados como públicos.

Ao mesmo tempo, é preciso garantir que este crescimento não falhe face à escassez de pessoal, o que, sublinhou, exige a qualificação dos trabalhadores na Alemanha, uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho e a chegada de especialistas do estrangeiro, entre outras medidas.

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