Cerca de 40 professores da Escola António Arroio em protesto pelo fim da precariedade

por Lusa

Cerca de 40 professores da Escola Artística António Arroio, em Lisboa, concentraram-se hoje em frente do estabelecimento de ensino para exigir o fim da precariedade destes docentes, alguns com mais de 10 anos de profissão.

Os professores desta escola do ensino artístico escolheram o dia do regresso às aulas presenciais no ensino secundário para colocar nas grades do estabelecimento de ensino dezenas de cartazes com perfis de docentes das escolas artísticas António Arroio (Lisboa) e Soares dos Reis (Porto) e frases que mostram a precariedade destes docentes.

"Tenho 10 anos de serviço, sempre no Ensino Artístico, sempre com contratos sucessivos e horário completo", pode ler-se num desses cerca de 50 cartazes colocados nas grades da Escola Artística António Arroio.

Em declarações à agência Lusa, Mário Nogueira, da Federação Nacional de Professores (Fenprof), explicou que o sindicato se reuniu na sexta-feira com o Ministério da Educação para exigir o fim da precariedade destes docentes, em linha com a recomendação que já tinha sido aprovada pela Assembleia da República (AR), mas a tutela disse que ainda tinha de fazer um levantamento dos docentes abrangidos.

"Esta é uma questão que a Fenprof tem colocado ao ministério bastas vezes. Aliás, já entregámos inclusivamente ao ministério uma para a realização de um concurso extraordinário cujas regras sejam as mesmas do último concurso extraordinário que vinculou professores", explicou à Lusa Mário Nogueira, dizendo que a justificação da tutela não faz sentido: "Um telefonema de dois minutos para a direção de cada uma das duas escolas bastaria para saber de quantos professores estamos a falar".

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