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Cabo Verde aprovou investimentos de 545 MEuro no primeiro semestre para gerar 4.300 empregos

por Lusa

O Governo cabo-verdiano aprovou quase 545 milhões de euros em 13 projetos de investimento no primeiro semestre deste ano, que deverão gerar mais de 4.300 postos de trabalho, divulgou a Cabo Verde TradeInvest.

De acordo com a informação da entidade estatal que assegura a promoção e captação de investimentos externos para o arquipélago, consultada hoje pela Lusa, estes investimentos são provenientes de Portugal, Estados Unidos da América, Turquia, França, Itália e Inglaterra, além de investidores cabo-verdianos.

Estes 13 projetos aprovados -- seis, no valor de 83 milhões de euros, aprovados no primeiro trimestre - envolvem investimentos nas áreas da saúde, turismo e transporte marítimo, ascendendo globalmente a 544,7 milhões de euros em seis meses, prevendo criar 4.326 postos de trabalho nas ilhas de São Vicente, Sal, Boa Vista, Maio e Santiago.

O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, disse anteriormente que Cabo Verde fechou em 2020 um recorde de investimentos externos de 1.244 milhões de euros, num total de 27 projetos que estimam a criação de 12.435 postos de trabalho.

"Este resultado considerável é o mais elevado da história de Cabo Verde, e uma forte indicação que, com a implementação desses projetos, combinado com os grandes investimentos privados, haverá um forte crescimento económico nos próximos anos", disse em fevereiro passado o também ministro das Finanças.

O valor de investimento externo captado por Cabo Verde em 2020 duplica ainda o recorde anterior, de 2017, quando foram captados 600.877.434 euros, com previsão de 6.689 postos de trabalho.

Um único projeto de investimento fechado em 2020 com a Cabo Verde TradeInvest, orçado em 500 milhões de euros, envolveu a assinatura da convenção de estabelecimento do "Little África Maio", que vai ser construído nos próximos três anos na ilha com o mesmo nome pelo grupo Internacional Holding Cabo Verde (IHCV).

Trata-se do maior investimento turístico privado de sempre em Cabo Verde e prevê gerar 4.000 empregos.

O turismo, setor que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas que está praticamente parado desde março de 2020 devido às restrições da pandemia de covid-19, representa 80% do investimento externo contratado no ano passado com a Cabo Verde TradeInvest, seguido pela indústria, com 19%.

Em entrevista anterior à agência Lusa, o presidente da Cabo Verde TradeInvest (CVT), José Almada Dias, disse que o grosso dos investimentos centra-se no turismo hoteleiro, mas a agência estava a fazer uma "forte aposta" no turismo residencial.

"O turismo residencial é diferente. As pessoas compram casas, vêm para aqui viver, reformados, pessoas de outras paragens, o que cria um outro tipo de comprometimento. Só aqui já há alguma diversificação que nós estamos a tentar", sustentou o presidente.

Além disso, afirmou que a Cabo Verde TradeInvest pretende apostar na utilização do Centro Internacional de Negócios (CIN) do país, cujo objetivo é atrair empresas em várias áreas de negócios, na área do comércio internacional.

A Cabo Verde TradeInvest é a agência responsável pela tramitação dos projetos, uma espécie de `front office` do Estado e o investidor.

A aprovação dos projetos é sempre feita pelo Governo, com a agência a regressar depois para emitir um certificado de investidor, que terá direito a uma série de incentivos do Estado, desde fiscais e aduaneiros.

 

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