A Comissão Europeia reviu em alta a taxa de inflação em Portugal para 5,5% em 2023 para 3,2% em 2024, de acordo com as previsões económicas divulgadas hoje. O crescimento sofreu também um corte nas estimativas de Bruxelas, para 2,2% este ano e 1,3% em 2024
Nas previsões económicas de outono, Bruxelas aponta para uma desaceleração da inflação em linha com a média europeia, ajudada pelos preços da energia, mas revê em alta as projeções face a maio.
O executivo comunitário assinala que a inflação em Portugal diminuiu pelo terceiro trimestre consecutivo entre julho e setembro deste ano.
O executivo comunitário prevê que a iflação se fixe em 5,5% em 2023, caindo para 3,2% em 2024 e para 2,4% em 2025. Esta previsão compara com as taxas de 5,1% para este ano e de 2,7% para 2024 estimadas em maio.
Bruxelas dá ainda nota de que "os preços da energia continuaram a diminuir em termos homólogos e o crescimento dos preços dos produtos alimentares abrandou substancialmente".Bruxelas corta crescimento de Portugal para 2,2% este ano e 1,3% em 2024
A Comissão Europeia cortou ligeiramente a previsão de crescimento económico de Portugal para 2,2% este ano, ficando em linha com o Governo, e para 1,3% em 2024.
Bruxelas prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% em 2023, 1,3% em 2024 e 1,8% em 2025. As previsões da Comissão Europeia comparam com as do Ministério das Finanças, que apontam para um crescimento de 2,2% este ano e 1,5% em 2024.
Nas últimas previsões, em maio, o executivo comunitário apontava para uma expansão de 2,4% este ano e de 1,8% em 2024.
"O crescimento económico tem vindo a abrandar em 2023, enquanto o mercado de trabalho se mantém robusto num contexto de taxas de emprego e de atividade recordes. Prevê-se que o crescimento do PIB recupere gradualmente ao longo do horizonte de previsão", refere o relatório de Bruxelas.
Ainda assim, as projeções de Bruxelas apontam para um crescimento da economia portuguesa acima da média da zona, para a qual espera uma expansão do PIB de 0,6% este ano e de 1,2% em 2024.
A Comissão Europeia destaca ainda que, apesar do abrandamento económico, o crescimento do emprego aumentou de taxas próximas de zero no início de 2023 para 1,3% nos meses de verão.
"As taxas de emprego e de atividade atingiram níveis recorde, enquanto os salários cresceram mais rapidamente do que a inflação", refere.Bruxelas prevê que a taxa de desemprego se mantenha estável.
c/Lusa