O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que vai sair do cargo em setembro, defendeu esta terça-feira que vai deixar para o seu sucessor os dossiês da resposta à crise energética e do aumento do custo de vida no Reino Unido.
"Seja quem for [o sucessor], tenho a certeza absoluta de que vai querer fazer mais alguns anúncios em setembro e outubro sobre o que faremos no próximo período, em dezembro e janeiro", explicou Boris Johnson, segundo a BBC.
"Só quero que saibam que estou absolutamente certo de que teremos o poder fiscal e o espaço livre para cuidar das pessoas como sempre fizemos", acrescentou o ainda chefe de Governo durante um evento em Downing Street.
Liz Truss, atual ministra dos Negócios Estrangeiros e candidata a suceder a Boris Johnson, prometeu reduzir os impostos, enquanto o antigo ministro das Finanças Rishi Sunak optou por querer subsidiar as famílias mais vulneráveis.
No entanto, da bancada do Partido Trabalhista, Boris Johnson foi acusado de deixar "um vácuo político" ao não tomar decisões, pedindo a Downing Street que se encarregasse da situação e fizesse propostas antes de o primeiro-ministro concluir o seu mandato.
O ministro-sombra dos Negócios Estrangeiros, David Lamy, criticou o executivo por não agir face aos elevados preços da energia.
"Temos esse vácuo político enquanto as pessoas se preocupam, se afligem e lutam para lidar com essa crise", disse.
"Há muito que fazer, mas no momento o que temos são disputas no partido conservador, uma corrida de fundo entre os candidatos, um primeiro-ministro ausente que não está em nenhum lado... Isto precisa de uma resposta do Governo e precisa de uma resposta agora", concluiu.