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Bolsas europeias em baixa depois da entrada em vigor das tarifas dos EUA

por Lusa

As principais bolsas europeias abriram hoje em baixa com quedas de cerca de 3%, depois da entrada em vigor, ao início da manhã, das chamadas "tarifas recíprocas" impostas pelos Estados Unidos aos parceiros comerciais.

Pelas 08:50 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a descer 2,40% para 475,23 pontos.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 1,95%, 1,98% e 1,96%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se desvalorizavam 1,97% e 2,49%.

A bolsa de Lisboa mantinha a tendência da abertura e às 08:50 o principal índice, o PSI, recuava 1,98% para 6.310,12 pontos.

As denominadas "tarifas recíprocas" impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, são de 104% para a China e de 20% para a União Europeia (UE) e de taxas adicionais até 50% para mais de 50 países.

O aumento de 20% das tarifas sobre os produtos da União Europeia (UE) importados pelos Estados Unidos entrou em vigor hoje, afetando cerca de 20% de todo o comércio externo da maior economia de consumo do mundo e poderá ter um forte impacto nos automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos.

Na Ásia, o principal índice da Bolsa de Tóquio, o Nikkei, caiu hoje 3,93%, depois de uma sessão volátil marcada pela preocupação com o novo aumento das tarifas norte-americanas sobre a China e a entrada em vigor das chamadas taxas "recíprocas" do Presidente dos Estados Unidos, enquanto a Bolsa de Seul fechou em baixa a recuar 1,74% e o índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, caiu 5,79%.

Em contrapartida, os índices de referência das bolsas de Xangai e Shenzhen fecharam em alta, a subirem 1,31% e 1,22%, respetivamente.

O ministro das Finanças do Japão, Katsunobu Kato, disse hoje que a taxa de câmbio dólar iene será uma das questões em cima da mesa nas negociações tarifárias com os Estados Unidos.

No meio da incerteza global desencadeada pelas tarifas dos EUA, o Comité de Política Monetária do Banco da Reserva da Índia (RBI) decidiu hoje, por unanimidade, cortar a taxa de juro de referência em 0,25 pontos para 6%, enquanto o banco central da Nova Zelândia baixou, também hoje, as taxas de juro também em 0,25 pontos para 3,5%.

Os futuros de Wall Street apontam a esta hora para quedas moderadas, que são de 0,15 % para o S&P 500, de 0,19% para o Dow Jones Industrials e de 0,10% para o Nasdaq.

O Dow Jones terminou a recuar 0,84% para 37.645,59 pontos, que compara com o máximo desde que o índice foi criado em 1896, de 45.014,04 pontos, em 04 de dezembro de 2024.

O Nasdaq, índice de cotadas de alta tecnologia, fechou a descer 2,15% para 15.267,91 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro de 2024.

O preço da onça de ouro, um ativo de refúgio, estava a subir para 3.045,29 dólares, contra 2.986,06 dólares na terça-feira e o atual máximo histórico, de 3.131,52 dólares, atingido em 02 de abril.

Os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, subiam para 2,645%, contra 2,629% na sessão anterior.

O preço do petróleo Brent para entrega em junho, a referência na Europa, baixava para 61,02 dólares, um mínimo desde 24 de setembro de 2021, contra 61,82 dólares na terça-feira. O preço do barril de West Texas Intermediate (WTI), petróleo de referência nos EUA também descia, designadamente 2,69%, para 57,93 dólares.

O euro estava a avançar, a cotar-se a 1,1063 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, um máximo desde 30 de setembro de 2024, contra 1,0930 dólares na terça-feira.

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