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Bolsas europeias e Brent em forte baixa arrastadas pela intensificação da guerra comercial

por Lusa

As bolsas europeias continuavam hoje a afundar-se, assim como o preço do petróleo Brent, arrastadas pela intensificação da guerra comercial, depois de a China ter anunciado a sua resposta às tarifas aprovadas por Donald Trump.

Às 14:10 em Lisboa, as principais praças europeias registavam quedas significativas, lideradas por Milão, que caía 5,81%, e seguidas por Madrid, que recuava 4,44%, numa jornada em que os bancos sofreram perdas superiores a 10%.

De igual modo, a Bolsa de Frankfurt descia 3,79%, a de Paris 3,07% e a de Londres 3,62%.

O Euro Stoxx50, índice das maiores empresas europeias de capitalização, registou uma perda significativa de 4,88%.

O euro, por seu turno, fortaleceu-se face ao dólar, cotando-se a 1,105 dólares.

Os futuros dos principais indicadores de Wall Street, que caíram moderadamente na abertura da sessão europeia, intensificavam as suas quedas nesta altura, e antecipam uma nova sessão de fortes perdas, que no caso do tecnológico Nasdaq atingiram os 4%.

As bolsas europeias, asiáticas e americanas estão em forte queda há dois dias. Na véspera, foram atingidas pelo anúncio de tarifas globais pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações, e pelo receio de que esta política tarifária provoque uma recessão.

Embora as perdas nas bolsas tenham sido mais moderadas na abertura da Europa, aumentaram exponencialmente após a notícia de que a China vai impor 34% de direitos aduaneiros sobre as importações dos EUA a partir de 10 de abril, restringir as exportações de terras raras para os EUA e sancionar empresas.

Os receios quanto às consequências da guerra global de direitos aduaneiros para a economia mundial desencadearam uma derrocada noutros mercados: o Brent, o petróleo bruto de referência na Europa, caiu 7,63% para 64,79 dólares.

O Brent já tinha sofrido na quinta-feira uma forte queda de mais de 6%, face às consequências que as tensões tarifárias poderiam ter para a procura de petróleo, e depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, ter decidido aumentar a sua produção de crude em 411.000 barris por dia a partir de maio.

Por outro lado, o preço do Texas Intermediate Crude Oil (WTI), que também caiu na véspera, está agora a descer 8,74% para 61,10 dólares.

Noutros mercados, o preço do ouro subiu moderadamente, 0,20%, para 3.129,28 dólares.

No mercado da dívida, os rendimentos das obrigações de referência desceram: o rendimento da obrigação alemã a 10 anos para 2,499% e o dos EUA para 3,897%.

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