A bitcoin, a criptomoeda mais utilizada, ultrapassou esta quinta-feira, pela primeira vez, a marca dos 100 mil dólares (95 mil euros), depois de Donald Trump ter escolhido um simpatizante dos ativos digitais como futuro regulador financeiro.
Pelas 2h36 em Lisboa, a maior criptomoeda por capitalização estava a ser negociada a 103.800 dólares (98.684 euros) nas bolsas asiáticas.
Isto depois de, na quarta-feira, o presidente eleito dos Estados Unidos ter anunciado que pretendia nomear o advogado republicano Paul Atkins para liderar o regulador dos mercados financeiros norte-americanos, a SEC.
"Esta nomeação estratégica eletrizou a comunidade (...), reforçando o otimismo sobre um cenário regulamentar mais flexível" e, de um modo mais geral, "uma abordagem tolerante em relação ao mercado de ativos digitais em expansão", observou Stephen Innes, analista da consultadoria SPI Asset Management.
No ano passado, Paul Atkins criticou publicamente o regulador, dizendo que devia ter sido "mais complacente" com as empresas de criptoativos, ao mesmo tempo que acusou a SEC de afastar os empresários do mercado norte-americano.
"O Paul reconhece que os ativos digitais são cruciais para tornar a América maior do que nunca", comentou Donald Trump na sua rede Truth Social.
Paul Atkins vai suceder a Gary Gensler, que tem sido acusado pelos investidores em criptomoedas de ter uma abordagem repressiva da atividade.
Entre as medidas esperadas pelo setor das criptomoedas, está a criação de uma reserva estratégica nos Estados Unidos, composta maioritariamente por bitcoins apreendidas pela justiça, algo que poderá levar outros países a conceder mais legitimidade a esta moeda virtual.